Em gestão corrente ...como o País...

Janeiro 02 2008

 31 da Armada

      

     

pescadinhas de urgências na boca
      

as pessoas fogem do interior do país. as urgências do interior do país fecham porque as pessoas fogem. com urgências fechadas há cada vez menos razões para as pessoas ficarem.  

    
          
Os aprendizes de feiticeiro
     

Grande chapelada para este post do Rodrigo. Mas há mais.

O fecho das urgências é um bom exemplo de como a gestão governamental é feita sem qualquer tipo de plano ou ideia para o país e do papel do Estado na comunidade.

Este tipo de decisões parece esquecer uma das principais funções do Estado: a ocupação do território, digamos, adjudicado a uma dada comunidade. Se o Estado decide deixar de providenciar serviços a uma parte da população e os mantém para a outra parte está a declarar que se abstém de ocupar aquela parte do território nacional. Isto é, aliás, patente em zonas raianas em que as pessoas, na ausência de oferta de serviços por parte de Estado português, se dirigem a Espanha para suprirem as suas necessidades.

O que aqui está em causa nada tem a ver com questões de mais ou menos Estado, está sim relacionado com questões de soberania. E, claro está, a soberania tem custos. É o mesmo Estado que não se importa de perder fortunas com a TAP, CP ou a RTP que decide aplicar critérios economicistas na questão do encerramento das urgências.   

 

 

 
emgestaocorrente às 18:37

Novembro 25 2007

         

   Jorge Carreira Maia no seu blogue "A Ver o Mundo"  publica, hoje, um post    que sintetiza muito bem o olhar criticamente desencantado com que muitos portugueses, especialmente os mais jovens de há 32 anos, revêem o antes, o durante e o após 25 de Novembro de 1975.

   Em meia dúzia de linhas descreve o sentimento de uma fatia não negligenciável de portugueses.

25 de Novembro  

Faz hoje 32 anos que acabaram as ilusões revolucionárias. O 25 de Novembro de 1975 orientou “definitivamente” o país para o Ocidente e para a democracia representativa. Para mim, naquela altura, foram dias de desesperança revolucionária. Ainda não tinha vinte anos e julgava, pelos 19 meses de revolução, que tudo era possível e que esse possível era o melhor que poderia acontecer. Não, não era tudo possível. Tão pouco o possível que eu queria era grande coisa, como, pouco depois da ressaca, iria descobrir. Das cinzas da ilusão revolucionária, nasceu uma nova ilusão, a de nos tornarmos europeus e ricos e civilizados. E agora, que ilusão ilumina o caminho dos portugueses?

 

 



Novembro 25 2007

  José António Barreiros publica, hoje, no seu blogue "A  Revolta das Palavras" o post que abaixo transcrevo  e que sintetiza o que também penso sobre aquelas 2 personagens.

   Com a devida vénia:

     

O músculo cardíaco

     

   Uma zanga pessoal entre Vasco Pulido Valente e Miguel Sousa Tavares deu azo a uma crítica sulfúrica feita por aquele ao último livro deste. Um amigo meu que leu o livro diz que há nele mais outras imprecisões históricas, geográficas e de referência do que as que cita a valente crítica, citando-me algumas, desde a descrição de locais, à data em que surgiu uma certa marca de charuto fumado por uma das personagens.
   De tudo isto, retiro uma pergunta: não tivesse havido a zanga, haveria a crítica?
   Ou, talvez numa variante mais geral: quantos livros, imprecisos, mal escritos, insuportáveis de mediocridade, não andam por aí impunes, porque o crítico se não zangou com o autor?
   Ou, agora num diferente e provocador modo de dizer: quanta crítica amável e complacente não coexiste com o inaceitável escrito e o mal amanhado estilo, por não haver zanga mas amizade, ódio mas amor?
   Nos tempos da «Crónica Feminina», revistinha barata para corações pobres mas palpitantes, havia o «consultório sentimental». É isso que dita os tiques de alguma da nossa cultura e do nosso modo de ser crítico. O pensarmos também com o músculo cardíaco.
   No meu caso assumo-o: gosto de ler o Vasco Pulido Valente, apesar de ele me irritar, nunca leio o Miguel Sousa Tavares, precisamente pelo facto de ele me irritar.
   Eu sei que é um sentimento irritante este meu, mas só uma coisa me salva: nunca me zanguei com nenhum dos dois, pois não os conheço pessoalmenté, a um só pela prosa, aos dois pela pose. E chega.


Novembro 10 2007

    

   Rapinado, com a devida vénia do "31 da Armada", esta charge aos novos mitos que tantos interesses (por vezes apoiados pela Direcção geral da Saúde!) nos tentam inpingir como levando directamente ao Céu.

    

Coisinhas boas recebidas por email
Não sei de onde veio nem de quem é, mas chegou cá:


Dizem que todos os dias temos que comer uma maçã por causa do ferro e uma
banana por causa do potássio. Também uma laranja, para a vitamina C, meio
melão para melhorar a digestão e uma chávena de chá verde sem açúcar para
prevenir a diabetes.

Todos os dias temos que beber dois litros de água (sim, e logo a seguir
mijá-los, que leva quase o dobro do tempo que os levei a beber).

Todos os dias temos que tomar um Activia ou um iogurte para ter 'L.
Cassei Defensis', que ninguém sabe exactamente que porcaria é, mas parece
que se não ingeres um milhão e meio todos os dias, começas a ver toda a
gente com uma grande diarreia ou presos dos intestinos.

Cada dia uma aspirina, para prevenir os enfartes, mais um copo de vinho
tinto, para a mesma coisa. E outro de vinho branco, para o sistema nervoso.
E um de cerveja, que já não me lembro para que era.
Se os tomares todos juntos, mesmo que te dê um derrame cerebral na hora, não
te preocupes, pois o mais certo é que nem te dês conta disso.

Todos os dias tens que comer fibras. Muita, muitíssima fibra até que sejas
capaz de defecar uma camisolona bem grossa.

Tens que fazer quatro a seis refeições diárias leves sem te esqueceres de
mastigar cem vezes cada garfada. Ora, fazendo um pequeno cálculo apenas a
comer vão-se assim de repente umas cinco horitas. Ah, depois de cada
refeição deves escovar bem os dentes, ou seja, depois do Activia e da fibra,
os dentes; depois da maçã, os dentes; depois da banana, os dentes. Assim,
enquanto tiveres dentes, não te podes esquecer nunca de passar o fio dental
massajador das gengivas e bochechar com PLAX...

Melhor, amplifica a casa de banho e põe a aparelhagem de música lá, porque
entre a água, a fibra e os dentes vais passar muitas horas (quase metade do
dia) ali dentro.
Equipa-o também de jornais e revistas para te pores a par do que se passa,
enquanto estiveres sentado na sanita, porque com a quantidade de fibra que
estás a ingerir, são mais umas horitas diárias.

Temos que dormir oito horas e trabalhar outras oito, mais as cinco que
usamos a comer, faz vinte e uma. Restam três horas, isto se não surgir
nenhum imprevisto. Segundo as estatísticas, vemos três horas de televisão
diárias. Bem, já não podes, porque todos os dias devemos caminhar pelo menos
uma meia hora (convém regressares ao fim de 15 minutos, senão andas mas é 1
hora!).

E há que cuidar das amizades porque são como uma planta: temos que as regar
diariamente. E quando vais de férias também, suponho, senão as plantas
morrem nas férias. Para além disso, há que estar bem informado e ler pelo
menos um dos jornais diários e uma revista séria, para comparar a
informação.

Ah! E temos que ter sexo todos os dias mas sem cair na rotina: temos que ser
inovadores, criativos, renovar a sedução. Isso leva o seu tempo. E já nem
estamos a falar do sexo tântrico!! (a respeito disso,
relembro: depois de cada refeição temos que escovar os dentes!)

Também temos que arranjar tempo para a maquilhagem, a depilação/fazer a
barba, varrer a casa, lavar a roupa, lavar os pratos e já nem digo, os que
têm gatos, cães pássaros e uma catrefada de filhos...

No total, a mim dá-me umas 29 horas diárias, se nunca parares.

A única possibilidade que me ocorre, é fazer várias destas coisas ao mesmo
tempo: por exemplo, tomas duche com água fria e com a boca aberta, e assim
bebes logo os dois litros de água de uma vez. Enquanto sais do banho com a
escova de dentes na boca, vais fazendo o amor, o sexo tântrico, parado,
junto ao teu par, que de passagem vê TV e te vai contando o que se passa,
enquanto varre a casa.

Sobrou-te uma mão livre?

Telefona aos teus amigos e aos teus pais!

Bebe o vinho e a cerveja (depois de telefonares aos teus pais, vai fazer-te
falta!).
O iogurte com a maçã pode dar-te o teu par enquanto ele come a banana com a
Activia.
No dia seguinte troquem.

E menos mal que já crescemos, porque senão tínhamos que engolir mais umas
Cerelacs e um  Danoninho Extra Cálcio todos os santos dias.
Úuuuf!

Mas se te restam 2 minutos, reenvia isto aos teus amigos (que temos que
regar como as plantas) enquanto comes uma colherzinha de Muesli ou Al-Bran,
que faz muito bem...

E agora vou deixar-te porque entre o iogurte, o meio melão o primeiro litro
de água e a terceira refeição do dia, já não faço a mínima ideia o que é que
estou a fazer porque preciso urgentemente de uma casa de banho.

Ah, vou aproveitar e levo comigo a escova de dentes...
 
Fine!





Outubro 06 2007
 

   Do blogue Corta-Fitas rapinei, com a devida vénia, este post que parece merecer aquele título.

   Já havia o Homem Regisconta, o Homem Sonae, faltava o Homem Pesca Nova!

   Aí está um com todo o mérito.

 

Isto ainda acaba mal

Quando um primeiro-ministro aparece em directo nas televisões a apresentar um mega-projecto de aquacultura não sei onde que supostamente vai criar 200 empregos isto é o quê? Até me podem dizer que é trabalho, embora eu continue a achar que estes projectos, se são tão bons, não precisam de propaganda. Valem por si. Agora, quando o mesmo primeiro-ministro o faz com vários logotipos enormes da Pescanova como pano de fundo (e um púlpito com a mesma marca), então já não estamos na esfera da propaganda política e governamental. Entramos no fascinante mundo da publicidade comercial. E aí, confesso, o Capitão Iglo, como me diziam há bocado com alguma graça, faz muito melhor figura do que José Sócrates.

 


 


Setembro 27 2007

O Milagre

Está escrito: «Destruirei a sabedoria dos sábios e reprovarei a prudência dos prudentes». Onde está o sábio? Onde está o erudito? Onde está o investigador deste século? Porventura, Deus não considerou louca a sabedoria deste mundo? 1ª Carta aos Coríntios, 1, 18    

                  

           

Estava eu desesperado, sem assunto para a crónica desta semana, quando sou salvo por esta fotografia que aqui vê, vinda no Público.

Não, não venho aqui explorar a profunda, fervorosa e catolicíssima devoção do engenheiro. A fé é como gostar de telenovelas, comer sardinhas assadas com batatas fritas, ou ser do Sporting: cada um sabe da si.

Também não venho aqui explorar a presença de um padre, no pleno exercício das suas funções, dentro de uma escola pública. É normal. Se bem se lembram, o engenheiro foi um devoto ministro do outro engenheiro que gostava mais da Nossa Senhora dos Aflitos à chuva, numa procissão, do que de Mário Soares coberto de chocolate e chantilly em cima de um pão de ló.

O que esta fotografia tem de impressionante é o facto de coincidir com um momento ímpar da nossa História contemporânea: aquele em que vários ministros, percorrendo Portugal de lés a lés, andaram a distribuir computadores em cerimónias cuja pompa e circunstância parecia a dos Globos de Ouro da SIC, com a pequena diferença de, no lugar de Bárbara Guimarães, termos a engenheira Maria de Lurdes, o engenheiro Vieira da Silva, o engenheiro Alberto Costa ou o engenheiro Rui Pereira.

A primeira coisa que me veio à cabeça foi tratar-se de uma acção de propaganda. O que até não tem nada de mal. Se o major Valentim Loureiro oferece micro-ondas ao povo, parece-me justo o governo não querer ficar atrás.

Mas isto é muito mais do que propaganda ou simples bênção de uma qualquer EB2,3, perdida algures, no Portugal profundo. É o catolicismo tridentino no seu esplendor aplicado à educação.

Como toda a gente sabe, o catolicismo é uma religião muito mais sincrética do que o protestantismo. Alguém imagina uma Cova da Iria nos arredores do Estocolmo? Ou um holandês, rastejando no chão, a agradecer uma promessa à mãe de Jesus? Ou um jogador de futebol dinamarquês a benzer-se quando pisa o relvado?

Uma das marcas principais da fé católica é a crença em milagres. Ora, esse é também um dos aspectos que têm marcado a ideologia dos nossos governantes a respeito da educação.

Quando o engenheiro entra numa escola, com o mesmo ar alucinado que Moisés devia ter quando desceu o Monte Sinai depois de ter estado com Deus, para dar computadores ao rebanho, está a dar um sinal de grande catolicidade.

Aliás, o nosso engenheiro deve achar-se tão próximo de Deus que, fosse ele da Maçonaria, Deus deixaria de ser o Grande Arquitecto para passar a ser o Grande Engenheiro.

Esse sinal é precisamente o contrário do que encontramos na ética protestante. Porquê?

Nos países protestantes, que o nosso ideólogo-engenheiro tanto admira, o sucesso é feito à custa de método, rigor, disciplina e exigência. Em Portugal, pelo contrário, segue-se a tese do milagre. Talvez por ouvirem falar tanto no milagre alemão que fez de um país destruído como a Alemanha, uma potência económica.

Em Portugal, parte-se do princípio de que basta chapar os olhos de uma criança em frente a um ecrã de computador ou colocar na parede da sala de aula um quadro que mexe, para que as nuvens do céu se abram e os raios do desenvolvimento iluminem a pátria.

Claro que é irrelevante chegar ao fim do secundário sem saber ler nem escrever. Ou entrar num curso de engenharia a fazer contas de somar com os dedos. Ou ir para um curso de Direito com o nível cultural de Rui Rio.

Ou seja, em Portugal, é a fé, o crer, que nos salva, e não a filosofia, a matemática, a física ou a história. Como grande católico que é, e tal como S. Paulo, o engenheiro prefere a loucura da cruz à louca e vã sabedoria deste mundo.

Nós olhamos para esta fotografia e percebemos logo em que mãos está a escola portuguesa. Uma das mãos é a dos políticos, que descem dos seus gabinetes até ao país real, cheios de bênçãos burocráticas e muita fé no destino. A outra é a mão de Deus, de cujos misteriosos e insondáveis desígnios ficamos reféns.

Se reparar bem, vemos ainda um jornalista com uma câmara de filmar para que tudo fique registado à hora do telejornal. Se o Vaticano teve o seu Miguel Ângelo ou o seu Rafael para registarem a glória de Deus, este governo tem as câmaras de filmar para incensar a sua infinita Graça.

A nós, professores, que damos aulas e ali não aparecemos, só nos resta pedir a Deus que tenha, mas tenha mesmo, muita piedade de nós.

jr_costa@clix.pt

   

   

   O Jornal Torrejano, semanário de Torres Novas conta com dois excelentes cronistas semanais.

   Um deles, o Prof. José Ricardo Costa, "brinca", semanalmente, com as nossas misérias, miudinhas e lusitanas misérias, de uma maneira que já não se via desde os tempos de Artur Portela Filho no "Jornal Novo", espetando farpas certeiras no no triste quotidiano deste triste país.

   É rara a semana que não me apeteça rapinar a sua crónica para o meu blogue.

   Nunca calhou.

   Mas hoje não resisto a rapinar a publicada na edição do dia 20 do corrente mês.

   Com as devidas vénias ao autor e ao jornal.

   



Agosto 27 2007

   Nem sempre estou de acordo com João Gonçalves, mas o seu blogue "Portugal dos pequeninos" deve fazer parte da ementa diária da navegação pela net. Com a devida vénia, transcrevo 2 post que subscrevo inteiramente.

25.8.07

A BANDA LARGA

 

José Sócrates regressou ao seu posto de trabalho. Com a proverbial falta de imaginação que o caracteriza, foi até Setúbal dar computadores e falar pela enésima vez na "banda larga". Guterres, quando já não tinha mais nada para dizer, também se agarrou à "internet" como gato a bofe. E perdeu todas as suas batalhas, a começar pela "paixão" educativa e a da qualificação. Sócrates não tem um terço das qualidades - sobretudo humanas - que, apesar de tudo, Guterres possuia. A segunda metade do mandato, depois das passadeiras vermelhas, vai ser dura. Vamos ver quanto tempo dura.

 


Abril 10 2007

       

      Do blogue "A a Z " (www.aaz-nj.blogspot.com) do poeta Nuno Júdice, rapinei (com gosto!) este magnifico texto poético.

      Com a devida vénia.             

        

Domingo, Abril 08, 2007

Uma arte reflexiva

 

 

        

23:05 by Nuno Júdice @

Tal como o pintor copia a natureza, o espelho
serve-se do que existe no mundo em que o puseram
para traduzir a realidade. Ao vê-la, no seu quadro
efémero, tem-se a impressão de que pode ser
um retrato, capaz de durar para além do instante
em que a mulher atravessa o quarto, de frente
para a mulher que a olha, enquanto bebe o chá;
e as frases que trocam perdem-se no espaço
entre elas e o tempo em que viveram. Mas
o movimento que a moldura fecha, enquanto
ela não sai do campo de visão, para se vestir,
é o suficente para denunciar que tudo se resume
a um instante, e que em breve um rosto voltará
para se olhar ao espelho, pentear-se, e retocar
a pintura. A natureza das coisas é tão simples
como isto; e quando o espelho ficar vazio, o que
importa é o jarro e a bacia onde há muito
secou a água com que ela lavou os olhos, cansados
da noite, deixando a sombra das suas mãos
confundir-se com o eco das vozes que a vida levou.
emgestaocorrente às 19:59

Janeiro 28 2007


Viagem

 

Se eu voltasse a nascer, e
as minhas mãos me ensinassem o caminho
que vai do coração ao mundo, e
os meus olhos me abrissem o círculo
que o mar desenha no horizonte,
e o meu nariz respirasse a luz que a manhã
solta de dentro da névoa, e os meus lábios
pedissem o pão de estrelas que as aves
trocam entre si, e os meus passos me conduzissem
para onde ninguém precisa de voltar,
o tecido da minha vida seria transparente
como o vidro da janela que não abro,
o fio que vou puxando seria eterno
como os números que contam os dias de um deus,
a tesoura da noite ficaria na caixa
que não precisei de abrir. Se eu voltasse
a nascer, e as velas do sonho me envolvessem
com o linho do seu vento.

 

 


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