Talvez pela falta de consistência politica dos primeiros ministros que se seguiram à fuga de António Guterres (Durão Barroso e José Sócrates; o intervalo Chapitôo - sem ofensa para a Tété- entre os dois não conta) as figuras tutelares governamentais têm sido os Ministros das Finanças: Manuela Ferreira Leite e Teixeira dos Santos.
Teixeira dos Santos contando com um estado de espirito nacional já anteriormente preparado para a contenção orçamental e com um Presidente da República cooperante e com as mesmas ideias sobre o déficite (longe vai o tempo em que havia mais vida para além do deficite!) pôde ir incomparavelmente mais longe do que Manuela Ferreira Leite.
É de saudar a descida do déficite do Orçamento do Estado para 3,9% do PIB em 2006 (abaixo de todas as previsões e abaixo do Pacto com a UE), mas não nos podemos esquecer que esta descida foi feita , essencialente, à custa da subida na arrecadação de impostos (por aumento de eficiência da cobrança mas, também, por aumento da carga fiscal) e da descida brutal do investimento público (ver post de 21.03.2007 - Portugal no seu pior (9)).
O grande problema é que o "monstro" está praticamente intacto e a despesa corrente primária do Estado não baixou.