Em gestão corrente ...como o País...

Novembro 02 2008

    

   Do 31 da Armada:

  

O momento da vergonha

 

"Eu tinha vergonha de lá estar e ouvir um primeiro-ministro de Portugal a dizer que os seus assessores não precisavam de outro computador para trabalhar a não ser o "Magalhães", concebido para as crianças do ensino básico, o que implica que devem passar o dia a soletrar a tabuada com carneirinhos e florzinhas a voar no ecrã. Deve ter sido assim que foi feito o Orçamento pelos assessores, a jogar ao "peixinho" no "Magalhães", até que uma "mão invisível" saindo da sombra, certamente com um Dell ou um Sony Vayo ou um MacBook Air ou um qualquer computador muito a sério, lá escreveu a anónima alteração da lei do financiamento partidário. Essa não foi feita de certeza num "Magalhães". É que, se fosse verdade que os seus pobres assessores tivessem de laborar nos seus gabinetes de "Magalhães" à frente, o que obviamente não é verdade, isso diria muito sobre o infantilismo de toda esta conversa."
 

José Pacheco Pereira, no Público [via Blogue Atlântico]

 

Adenda: o texto integral pode ser lido aqui



 

  


 


Novembro 02 2008

   

   O governo, este domingo - eles não param, meus senhores!, anunciou a nacionalização do BPN.

   Parecia um regresso ao 11 de Março de 1975 e ao sol dos povos - a gloriosa União Soviética!

   O que mais admira é que o angélico Vítor Constâncio, eterno governador do Banco de Portugal - com um dos mais chorudos ordenados deste país, falava, na conferência de imprensa, ao lado de Teixeira dos Santos com o ar virginal de quem tinha acabado de saber das desvergonhas do BPN naquele mesmo instante!

   Mas o Sr. Constâncio não é principescamente pago para fiscalizar e regular as actividades bancárias?

   Há anos que publicamente se falava das coisas estranhas que se passavam naquele banco; a comunicação social há anos que levantava pontas do véu.

   E o Banco de Portugal e o seu inefável governador quietos e calados???

   Já com o BCP-Millenium, o sr. governador só soube das desvergonhas meses depois de virem nos jornais!!!

   


 

emgestaocorrente às 20:42

Novembro 02 2008

 

   Sócrates, pela enésima vez, declarou que o Estado ia pagar as dividas e, pela enésima vez, prometeu começar a pagar a tempo e horas.

   Ninguém, nem o próprio governo, sabe quanto é que o estado deve a empresas e particulares.

   Fala-se em 2.500 milhões de €.

   Mas entre administração central, regional, local e institutos e empresas públicas, aquele valor deve ser multiplicado por um x que ninguém consegue calcular.

   Só os hospitais e só em medicamentos a divida já vai em perto de 800 milhões de €!

   A verdade é que, apesar das tonitruantes declarações do anterior ministro, Correia de Campos, e das promessas do primeiro ministro, a divida vai subindo e o tempo de divida também.

   Não virá longe o dia em que Sócrates não caberá nas portas, tão longo será o se nariz!

    


 

emgestaocorrente às 20:28

Outubro 31 2008

   

   Francisco José Viegas no "A Origem das Espécies" tem esta ideia brilhantemente irónica mas que encerra um grande perigo:

o inefável e indescritível Valtr Lemos, Secretário de Estado socialista (sim esse vereador da Câmara de Penamacor pelo CDS, que perdeu o mandato por faltas injustificadas!!!) pode julgar que é a sério e pô-la em prática!!!

    

   

31 de Outubro de 2008
||| Chumbos.
     

O Conselho Nacional da Educação vem propor que acabem os chumbos até ao 9.º ano – é uma medida e tanto, que o Sr. Secretário de Estado Valter Lemos festeja com as mãos ambas, uma vez que parece ser ele o encarregado de velar pelas estatísticas. Acho que o Sr. Secretário Lemos está a ser modesto em matéria de “mecanismos de alternativa a chumbos”. Defendo que, na hora do baptismo, perdão, no registo civil, seja atribuído logo o 9.º ano a cada pequeno cidadão. Assim, evitam-se logo os chumbos. Parece, além do mais, que o chumbo é visto como uma tentativa de responsabilizar os alunos e os pais, o que – no entender do Sr. Secretário Lemos e do sempre espantoso Albino Almeida, da confederação dos paizinhos – não pode acontecer. Sim, de facto, onde é que isto se viu? Na Finlândia?

[Da coluna do Correio da Manhã.]


 


 

[ Publicado por FJV ]

 


Outubro 30 2008

   

   Concordo com José Ricardo Costa em Ponteiros Parados

  

CAMARADA LAVOISIER

 
Se quisermos compreender a tragédia do ensino em Portugal, teremos de regredir até ao passado revolucionário, maoista e estalinista da actual ministra da educação.
 
A ilusão comunista que, na companhia do nazismo, conduziu aos maiores pesadelos do século XX, partia do pressuposto de que a realidade poderia ser transformada através de uma planificação laboratorialmente conduzida. A realidade podia ser a fome, a miséria, a repressão, mas o delírio utópico de muitos via nisso uma espécie de dores de crescimento, normais no caminho para o paraíso.

As estatísticas, os números, a propaganda, mostravam a superioridade do modelo, concebido por iluminados que não percebiam nada da realidade mas a quem as verdades eram sobrenaturalmente reveladas. Só que a prática mostrava exactamente o contrário.

A farsa que existe hoje no actual sistema de ensino resulta de uma ideologia e atitude mental muito semelhante. Pessoas que fizeram cursos, depois mestrados, depois doutoramentos, que escreveram livros e vão a colóquios e conferências, consideram que, através de leis e mais leis e mais leis, ou de manipulações burocráticas, a realidade atinge a perfeição desejada. Depois, o desejo de ver uma determinada realidade faz-nos ver essa mesma realidade ainda que para isso se faça muita batota e malabarismos estatísticos.

O Estalinismo é como a natureza. Não ganhou nem perdeu. Apenas se transformou.

   

 

 


Outubro 30 2008

    

Ora tomem, para pensarem durante o fim de semana:

(rapinado, com a devida vénia, do Blasfémias)

 

E como se transforma num problema de injustiça social o falhanço das políticas ditas de apoio aos mais desfavorecidos

Publicado por helenafmatos em 30 Outubro, 2008

     

Lendo este artigo do JN Ranking favorece escolas de alunos de classes privilegiadas fica-se ciente que há que acabar com esta injustiça, esta iníqua diferenciação social.

Aliás o artigo até cita um ”investigador da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e um dos primeiros participantes no programa de avaliação das escolas oficiais”, Para Pedro Oliveira, que defende que “seria interessante se os rankings mostrassem a origem social dos alunos para se perceber o posicionamento das escolas nas listagens”Um outro investigador citado pelo JN, “Ivo Domingues, sociólogo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, põe a tónica do êxito dos colégios privados na continuidade que proporcionam às classes média e alta de manterem os seus privilégios sociais e culturais.” Mais um bocadinho e estamos a defender o fim do ensino privado, essa estratégia das «classes média e alta de manterem os seus privilégios sociais e culturais.»

Provavelmente o ensino privado é isso neste momento. Ou seja qualquer pessoa com dois dedos de informação tem sérias reservas  em deixar os seus filhos frequentarem uma coisa apalhaçada, onde cada vez se ensina menos e pode nem se lhes garantir a segurança. Onde se um menino se quiser levantar, desatar aos pontapés, chamar isto e aquilo aos professores tal não passa duma performance expressiva. E onde cada vez mais a avaliação e a exigência são condicionadas às ficções ministeriais.

Não por acaso os filhos da nossa classe política frequentam sobretudo até ao 9º ano o ensino privado. Em alguns casos até já nem são escolas privadas portuguesas mas sim estrangeiras como é o caso da escola alemã. E muitos mais debandarão do ensino público caso os ditames do conselho nacional de educação sejam seguidos pois poucos estarão para arriscar que os seus filhos sejam cobaias da introdução do «melhor modelo escolar do mundo em Portugal.»

Ao contrário do que diz o artigo do JN não são os filhos dos pobres que fazem baixar o nível do ensino. Quem destruiu o ensino público foram aqueles que resolveram fazer experimentalismo social nas escolas. Como é claro foram os primeiros a tirar de lá os filhos e agora acusam os mesmos pobres de não terem rendimento escolar. Se não tivessem desautorizados os professores e funcionários, se não tivessem baixado o nível de exigência curricular, se tivessem exigido responsabilidade às famílias pelo comportamento dos seus filhos… enfim se se tivessem comportado como uma escola a escola pública teriam certamente ajudado muito mais os pobres.

Curiosamente o artigo do JN refere que só frequenta o  Colégio S. João de Brito «quem pode pagar os 460 euros de mensalidade mensal no Ensino Secundário» lamento informar mas todos pagamos mais ou menos isso por cada aluno que frequenta uma qualquer escola pública. O custo por aluno nas piores escolas do ranking não é certamente muito diferente do apresentado nas mensalidades do citado São João de Brito. Feitas as contas as piores classificadas até saem muito mais caras porque as reprovações agravam os custos.

  

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Outubro 30 2008

 

   Do 31 da armada, com a devida vénia:

 

É fazer as contas

Em 2006, as escolas públicas e privadas apresentavam um indice de 17,5 por cento de resultados positivos nos exames nacionais de Matemática do 12º ano. Em 2007, esses valores atingiram os 65 por cento. Em 2008, o Ministério da Educação anuncia ufano que se chegou aos 96 por cento de resultados acima dos 9,5. É a prova provada de que há melhorias no sistema educativo.

 

Ou então há eleições para o ano, não sei.



 

       

 


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