Em gestão corrente ...como o País...

Dezembro 21 2008

 Do "Blasfémias", com a devida vénia: 

Razões de uma escolha *

Publicado porCAA em 20 Dezembro, 2008

      

 

   Santana Lopes foi escolhido para Lisboa porque Ferreira Leite não tinha alternativa válida para lhe opor.
   A actual liderança do PSD prometeu o regresso das elites. Os próprios garantiram que a excelência iria voltar a conduzir o partido – mas, na primeira vez que têm de fazer uma nomeação para uma eleição importante, os ‘excelentes’ são forçados a escolher uma personagem que depreciaram para além do admissível entre colegas de partido, ainda há poucos meses.
   Não optaram por Santana Lopes em nome de uma eventual união do PSD. Nem sequer existe uma intenção de congregar.
   Decidiram-se por Santana porque os ‘excelentes’ não gostam de ir a votos. Porque quase nenhum pensa no sucesso da sua líder e quase todos planeiam o dia seguinte às Legislativas de 2009.

    

* CM, 19.XII.2008

 


 


Novembro 19 2008

   

   Francisco José Viegas, um poeta (este blogue já publicou vários dos seus poemas) e romancista da família da "esquerda", escreveu este post , no "A origem das espécies", que vale a pena ler:

 

||| Vigilantes de colégio interno.

Ah, país de moralistas e de vigilantes! Claro que fez jeito «a gaffe de Manuela Ferreira Leite». Na verdade, de outra maneira não poderíamos ouvir de novo Alberto Martins com aquela voz de surda indignação e inequívoca superioridade moral (a mesma que o levou a manter-se surdo e mudo a propósito do caso DREN/Charrua, por exemplo – para provar que democracia é só palavreado), a criticar a falta de cultura cívica? Às 15h40 de ontem, o relato do Jornal de Negócios dizia que toda a sala se tinha rido e que se tratava de ironia. Mas – ah! – não se pode ironizar sobre coisas sérias. As coisas sérias devem deixar-se para as pessoas demasiado sérias.

Sim, dá-lhes jeito, como vigilantes de colégio interno, «a gaffe de Manuela Ferreira Leite». Mas não passa disso mesmo: gente com queda para o pequeno escândalo, levantando a virtuosa batina com a pontinha dos dedos, enquanto dão saltinhos junto dos charcos: «Já te molhaste! Já te molhaste!»

 

P.S.- Claro que há outra imagem para esta onda de escandalizados, e que vai do toque florentino à divisão Panzer: vamos aproveitar o deslize enquanto não nos apanham nos nossos.



[ Publicado por FJV ]

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Novembro 19 2008
 

   Como não me está a apetecer falar sobre Manuela Ferreira Leite, aqui vai uma slecção de textos publicados pelo 31 da Armada

 

 

Não havia um partido que se dizia reformista?

"A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, perguntou hoje senão é bom haver seis meses sem democracia” para “pôr tudo na ordem”, a propósito da reforma do sistema de justiça.

    No final de um almoço promovido pela Câmara de Comércio Luso-Americana, Manuela Ferreira Leite elegeu a reforma do sistema de justiça “como primeira prioridade” para ajudar as empresas portuguesas.

    Questionada sobre o que faria para melhorar o sistema de justiça, a presidente do PSD demarcou-se da atitude do primeiro-ministro, José Sócrates, que “na tomada de posse anunciou como grande medida reduzir as férias do juiz”.

    Defendendo a ideia de que não se deve tentar fazer reformas contra as classes profissionais, Manuela Ferreira Leite declarou: “Eu não acredito em reformas, quando se está em democracia…”.

    “Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se”, observou em seguida a presidente do PSD, acrescentando: “E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia”.

    “Agora em democracia efectivamente não se pode hostilizar uma classe profissional para de seguida ter a opinião pública contra essa classe profissional e então depois entrar a reformar - porque nessa altura estão eles todos contra. Não é possível fazer uma reforma da justiça sem os juízes, fazer uma reforma da saúde sem os médicos”, completou Manuela Ferreira Leite.
 

publicado por DBH às 17:10

 

mfl

 



publicado por Rui Castro às 09:56mfl

"(...) Tenho-me sempre pronunciado no sentido de que não é possível, em democracia, fazer uma reforma do ensino contra a vontade generalizada dos professores, como fazer uma reforma da saúde contra os médicos e os enfermeiros ou uma reforma da justiça contra os magistrados (...)"
Não, não foi a Manuela Ferreira Leite que o disse. O autor do texto chama-se Mário Soares e é para muitos dos que ontem crucificaram Manuela Ferreira Leite o pai da democracia portuguesa. Como se não bastasse, acontece que o texto foi ontem publicado, horas antes de mfl falar. Temos agora duas hipóteses. Ou Soares deu em reaça ou mfl plagiou o grande democrata. A canalha que escolha. (inicialmente publicado aqui)

 

 

 

 
seis meses

Manuela Ferreira Leite sabe do que fala. Manuela Ferreira Leite foi ministra da educação.


publicado por Rodrigo Moita de Deus às 10:12

 

 

 

Salazar era um molenga (título corrigido)

Tudo visto e lido, parece que Ferreira Leite terá querido ter um desabafo irónico. Não é grave, revela apenas pouca vocação. O mais preocupante, no entanto, não é isso. O que assusta é Ferreira Leite pensar que bastavam seis meses sem Democracia para endireitar isto. Seis meses? Tudo direitinho? Não me parece. Nem com muita ironia.


publicado por Henrique Burnay às 10:47

 

 

graçolas de oportunidade

A comunicação social voltou a selecionar aquilo que Manuela Ferreira Leite transmite.

publicado por Rodrigo Moita de Deus às 16:16

 

 

Pacheco the not king maker

É impressão minha o nosso venerável Pacheco Pereira parece ter pouca vocação para king ou king maker? Ser líder distrital ou parlamentar correu-lhe mal, ser mentor espiritual da Senhora não está a ser um sucesso.


publicado por Henrique Burnay às 16:47

 

 

o que tu queres sei eu
Está visto. Ferreira Leite tem pouco jeito para a coisa. Em vez de julgar que os portugueses são pessoas inteligentes, capazes de perceber uma crítica ao corporativismo, devia passarinhar por aí de Magalhães na mão.

publicado por Rodrigo Moita de Deus às 17:13

 

 

2 em 1

Entre aqueles que percebem e se revêem nas palavras de Manuela Ferreira Leite (no seu sentido sarcástico) e aqueles que concordam com a declaração de Manuela Ferreira Leite (no seu sentido literal), ainda arranjamos uma maioria democrática para governar.


publicado por Eduardo Nogueira Pinto às 18:34
    

 

 

"(...) Tenho-me sempre pronunciado no sentido de que não é possível, em democracia, fazer uma reforma do ensino contra a vontade generalizada dos professores, como fazer uma reforma da saúde contra os médicos e os enfermeiros ou uma reforma da justiça contra os magistrados (...)"
Não, não foi a Manuela Ferreira Leite que o disse. O autor do texto chama-se Mário Soares e é para muitos dos que ontem crucificaram Manuela Ferreira Leite o pai da democracia portuguesa. Como se não bastasse, acontece que o texto foi ontem publicado, horas antes de mfl falar. Temos agora duas hipóteses. Ou Soares deu em reaça ou mfl plagiou o grande democrata. A canalha que escolha. (inicialmente publicado aqui)

      


 


Outubro 17 2008

   Se concordo com isto:

 

   Santana Lopes: o antídoto da esperança

   

Carregado de razão está Pacheco Pereira ao clamar contra a escolha no PSD de Pedro Santana Lopes para candidato à Camara Municipal de Lisboa. Com mais ou menos justiça, mais ou menos inabilidade, Santana Lopes foi a face visível dos mais patéticos momentos da política nacional dos últimos trinta anos. Tendencialmente apreciado pelo jornalismo estabelecido, suspeito que também o é secretamente pelos adversários à esquerda, na expectativa dum caminho fácil rumo aos seus objectivos.

Com a Câmara Municipal de Lisboa em profunda crise, da qual nenhum dos partidos tem as mãos limpas, as eleições que se avizinham apresentam-se como uma oportunidade clara para uma desforra à direita. Assim, sendo estas uma das mais importantes eleições do regime, as candidaturas à presidência da CML deveriam ser levadas a sério pelos partidos da oposição, com escolhas de primeira linha, descomprometidas e de cadastro limpo. Com  autoridade para reclamar uma vida nova na gestão da capital do país. Se é que isso ainda é possível.

 

 

publicado por João Távora
 

   

Também concordo com isto:

    

Pacheco longe de ser prefeito

 

José Pacheco Pereira voltou ontem a desiludir-me na Quadratura do Círculo. Irritadíssimo (sem o assumir) com Manuela Ferreira Leite por ter dado luz verde à candidatura de Santana Lopes à Câmara Municipal de Lisboa, procurou disfarçar esta irritação disparando em alternativa contra a distrital alfacinha, que aprovou esta escolha por 29 votos contra dois. Como se desconhecesse que a distrital jamais escolheria Santana sem o aval prévio de Ferreira Leite.

E desiludiu-me porquê?

Porque, com notória maldade, decidiu avançar com três nomes alternativos a Santana: Pedro Passos Coelho, António Borges e Nuno Morais Sarmento. No primeiro caso, trata-se de uma maldade ao próprio Passos Coelho, que não precisa do trampolim de Lisboa para atingir a liderança do partido. No segundo caso, é uma maldade ao PSD: Borges garantiria ao partido a mais copiosa derrota de sempre na capital. No terceiro caso, é uma maldade aos lisboetas: a última entrevista de Sarmento ao Expresso revela (digamos assim) que não está em condições intelectuais de gerir o maior município do país.

Ainda esperei que desta vez Pacheco se oferecesse para liderar ele próprio a lista autárquica social-democrata em Lisboa. Só assim seria consequente com as críticas que continua a dirigir a Santana (desta vez com o mais que certo adversário do PSD, António Costa, a escutá-lo, com ar deliciado, a poucos metros dele no estúdio da SIC). Mas compreendo-o bem: é sempre mais fácil sugerir que avancem outros e continuar a perorar de fora. Ninguém é perfeito. Ou prefeito, neste caso de Lisboa.

 

Etiquetas: lá vai lisboa

 

publicado por Pedro Correia

    

  

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