Em 1973 eu trabalhava e vivia em Fornos de Algodres. Numa das viagens semanais a Viseu passei, por acaso, numa livraria/discoteca nova que ainda não conhecia. Comprei o último LP do Sérgio Godinho (então exilado em França) e o úlimo LP dos Procol Harum (Grande Hotel) e o último romance de Augusto Abelaira.
O livreiro num lampejo de inteligência, que ainda hoje agradeço, perguntou-me se eu conhecia um autor sul americano chamado Gabriel Garcia Marquez.
Respondi que não e ele mostrou-me a 1ª edição portuguesa dos Cem Anos de Solidão, penso que da Europa-América.
Para não o desiludir (ele tinha elogiado o bom gosto das minhas escolhas...), comprei o livro.
À noite, por desfastio, desfolheei-o e comecei a lê-lo.
Era sábado à noite e acabei de o ler no domingo, à hora do almoço, sem ter pregado olho!
Ainda hoje, juntamente com outros, como a Poesia Completa de Eugénio de Andrade, é um dos meus livros de cabeceira, sempre lido, relido e treslido com muito gosto, gozo e proveito.
Obrigado Gabo!
Obrigado anónimo livreiro de Viseu!