O Diário de Noticias de hoje informa que o número de alunos das escolas públicas alentejanas que optou pela aprendizagem do espanhol como 2ª língua triplicou nos últimos 2 anos.
Assim, de 2004 para 2006, o nº de alunos a aprenderem espanhol, naquela região, passou de 786 para 2.477 e o nº de turmas de 48 para 280.
A estes números há que somar os que frequentam aulas de castelhano em instituições privadas, em nº indeterminado.
O acréscimo de alunos de castelhano verifica-se nos 3 distritos, sendo maior em Beja; no entanto, o maior número absoluto ocorre em Portalegre, provávelmente por ser o distrito em que as principais cidades (Portalegre, Elvas, Campo Maior) se localizam junto à fronteira e perto dos maiores centros universitários espanhóis fronteiriços (Badajoz, Cáceres).
O castelhano está a substituir o francês talvez por ser mais fácil, mas, principalmente, porque as familias e as próprias crianças e jovens reconhecem maior importância e utilidade, para o futuro na língua castelhana.
Carolina, 13 anos (Évora), ouvida pelo DN declara que estuda castelhano para poder matricular-se em Medicina em Badajoz, mesmo que consiga o ingresso numa faculdade portuguesa!
Ricardo, 12 anos (Évora), quer frequentar a universidade de Barcelona, ou outra qualquer espanhola!
Margarida, 13 anos, quer seguir os seus estudos em Badajoz.
Várias conclusões se podem tirar destes factos: uma é de que a língua francesa perde rápidamente terreno em relação à castelhana (acompanhando a perda de influência da França na politica internacional); a outra é que a Espanha é cada vez mais atractiva para os portugueses, mesmo de tenra idade; outra, ainda, é que o sistema escolar português (universitário) merece cada vez menos reconhecimento dos nossos cidadãos logo desde a infância.
Observação final: para se colonizar um país e um povo é mais eficaz atraí-lo pelas melhores condições sociais e pela melhor qualidade de vida e de ensino que pela invsão militar!