Em gestão corrente ...como o País...

Junho 30 2009
 
Recebi, por e-mail, este texto que me parece merecer uma atenta e aprofundada atenção:




'A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!'

"AS ESCOLAS PORTUGUESAS ESTÃO UM VERDADEIRO CAOS!!!!

Depois de ouvir hoje o que disse a Srª Ministra, depois de ler os
desabafos de muitos colegas nossos, na minha Escola, na blogosfera,
invadiu-me uma raiva que não consigo mais conter e gostaria de a
gritar ao Mundo.

Dizia a Srª Ministra, com o seu ar sereno, que "o processo de
avaliação de desempenho dos professores está a avançar de "forma
normal e com grande sentido de responsabilidade" na maioria das
escolas." e eu pergunto Srª Ministra:

- Quem tenta enganar? Os Professores? Os Pais dos alunos? A opinião
pública? A Comunicação social? Quem? A si própria? O seu governo?

Na maioria das Escolas, Srª Ministra, a situação é esta:

- Os Professores estão cansados, desmotivados, não aguentam tanto
trabalho para nada. Reuniões, grelhas, objectivos, mais reuniões,
relatório, mais reuniões... e continua assim, semana atrás de semana.
Resultado:

Os Professores não têm tempo para aquilo que gostam de fazer: ENSINAR!!!

A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!

Na maioria das escolas, muitos Professores que até agora eram
empenhados na preparação das suas aulas, limitam-se a fazer o mais
fácil, não têm tempo para pesquisa, para partilhar com os alunos. Os
alunos não aprendem!

A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!

Na maioria das Escolas muitos Professores que tinham ainda TANTO para
dar à Escola, eram o pilar da Escola, uma referência para os mais
novos, estão a abandonar, vão para a APOSENTAÇÃO, mesmo com
penalizações graves! É fácil perceber: por cada três que saem, entram
apenas dois, com vencimentos muito mais baixos. O factor economicista
sempre à frente!

Não lhe passa pela cabeça, Srª Ministra, o potencial humano que as
Escolas estão a perder e os efeitos de tal fuga!

A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!

Na maioria das Escolas, há Professores de baixa médica, Professores
esgotados que não aguentam mais esta loucura, que metem atestados e
então vem outro professor substituir ou não vem… não faz mal! os
alunos terão a farsa das aulas de substituição e, em vez de terem
Português ou Matemática, têm aula com um Professor de Ed. Física ou
Geografia… tanto faz, o que interessa é ter tudo ocupadinho,
Professores e Alunos. Srª Ministra, são muitas aulas em que os alunos
não têm aulas com o SEU professor, porque este está doente, em que a
matéria não é leccionada.

A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!

Na maioria das Escolas, os Professores andam às voltas com o novo
Estatuto do Aluno. A Srª Ministra mandou cá para fora um documento em
que obriga os alunos que faltam a fazerem uma prova de recuperação
mesmo que faltem porque não lhes apetece, um documento que não prevê
distinção entre os alunos que faltam porque estão doentes e aqueles
que ficaram a dormir até mais tarde. Os Professores têm que fazer a
prova! Fazer a prova, prepará-la, corrigi-la, plano de
recuperação…quantas horas implica tudo isto, Srª Ministra? Solução
fácil! Esqueçamo-nos de marcar faltas! Se isto é para ser a brincar,
nós fazemos-lhe a vontade.

A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!

Os Professores que até ao ano lectivo anterior eram uma classe que
partilhava, onde não se sentia, regra geral, a competição, deixaram de
confiar uns nos outros, vivem em função da avaliação de desempenho,
num verdadeiro egoísmo. Desconfiam do colega que o vai avaliar, querem
apanhar as quotas dos Excelentes ou Muito Bom. O mau estar nas Escolas
é geral, um clima de desconfiança instalou-se!

A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!

E dirá a Srª Ministra: "Os Professores não querem ser avaliados".
Engana-se Srª Ministra "Os Professores querem ser avaliados!!!! Sempre
foram, tal como Vossa Excelência é e será avaliada (talvez não precise
de tanta grelha, mas será!!). Os Professores fazem um trabalho
público! São avaliados diariamente. QUEREM UMA AVALIAÇÃO SÉRIA e não
um faz-de-conta.

Mas acha, Srª MINISTRA, que é avaliar seriamente um Professor, quando:

1 – Um colega (que pode ter menos habilitações e não é da área
disciplinar) vai assistir a TRÊS aulas em 150 aulas que um Professor
dá à turma? É tão fácil BRILHAR em três aulas, mesmo que nas outras
147 não se faça nada! Os Professores já tiveram aulas assistidas nos
estágios…. Sabem fazê-lo. Não têm medo disso, Srª Ministra!!! Isto é
avaliação séria, Srª Ministra?
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2 – Um colega Coordenador de Departamento é de Francês/Inglês
(excelente profissional na sua área, mas como viveu muitos anos em
França, tem dificuldades na língua Portuguesa) vai avaliar um colega
de Estudos Portugueses que, por não ter tido tantos cargos como o
primeiro, não é TITULAR e por isso vai ser avaliado nas suas aulas de
Português (com 30 anos de serviço) pelo primeiro. Isto é avaliação
séria, Srª Ministra?

3 – Um colega de Educação Tecnológica, com uma licenciatura da
Universidade Aberta obtida há alguns anos, vai avaliar colegas de
MATEMÁTICA do seu Departamento (Ciências Exactas), alguns já com o
Mestrado na área (Repito: os colegas são excelentes profissionais, mas
não PODEM SER avaliadores de quem tem mais ou diferentes habilitações
do que eles. Eles não têm culpa e muitos desejavam não representar tal
papel). Isto é avaliação séria, Srª Ministra?

4 – Um dos elementos da avaliação dos alunos é a progressão dos
resultados escolares dos seus alunos. Srª Ministra, é tão fácil
falsear a progressão dos resultados escolares dos alunos…se NÃO formos
sérios e quisermos contribuir apenas para o sucesso estatístico. Acha
que os Professores, sabendo que estes dados contam para a sua
avaliação, vão dar classificações baixas? Isto é avaliação séria, Srª
Ministra?

5 – E o dito portefólio ou "dossier pedagógico" ser outro factor na
avaliação?! É tão fácil, hoje em dia, enchê-lo com materiais LINDOS,
pedagógicos….mesmo que os alunos nem os tenham visto, mesmo que estes
materiais não sejam nossos. Isto é avaliação séria, Srª Ministra?

E finalmente, uma das aberrações do 2/2008

6 – O Presidente do Conselho Executivo, e simultaneamente Presidente
do Conselho Pedagógico, não precisa ser TITULAR! Como explica isto Srª
Ministra? A senhora Ministra criou esta distinção entre TITULARES e
PROFESSOR! Então os Professores TITULARES não seriam aqueles que iriam
desempenhar as funções de maior responsabilidade nas Escolas, um grupo
altamente qualificado? Ou será que o Presidente do CE e do CP não é um
cargo de responsabilidade? Como justifica que não seja necessário o
título de TITULAR, se para outros cargos de menor importância, como
Coordenador de Departamento ou de Directores de turma tal cargo é
exigido? EXPLIQUE Srª Ministra! E quando este mesmo Presidente do
Conselho Executivo tem apenas o equivalente ao antigo 7º ano (ou seja,
é bacharel, depois de uma formação à distância de alguns meses)? Há
TANTOS nas nossas escolas! Vai avaliar colegas com mestrados e
licenciaturas? É ele que vai avaliar TODOS os colegas da Escola.
Muitas vezes, para além de ter habilitação muito inferior aos
avaliados, há anos que não lecciona! Isto é avaliação séria, Srª
Ministra?

7 – Claro que há Professores, como há médicos, como há advogados, como
há MINISTROS menos competentes. Mas acha que é assim que a situação
vai melhorar? Quem não é tão bom profissional, vai continuar a não
sê-lo e os bons agora também não têm tempo para o ser. Por que razão
não se ajuda com avaliação formativa aqueles que têm mais
dificuldades, sem o intuito de os penalizar? Acha que é justo um
avaliador faltar às aulas das suas turmas (12avaliadosx3 aulas de
90mn= é só fazer as contas) para ir avaliar colegas? E os alunos ficam
entregues a outros Professores que podem não ser seus? Então primeiro
a avaliação dos Professores e depois a dos alunos?

Isto é avaliação séria, Srª Ministra?

Srª Ministra:

- Sou uma professora que, tal como milhares neste país (a senhora viu
quantos no 8 de Março, mas fez que não viu!), dediquei toda a minha
vida ao Ensino. Dei sempre o meu melhor, trabalhei com gosto para os
meus alunos, férias, fins-de-semana, noites; gosto de ensinar mas
sinto-me REVOLTADA por a srª Ministra nos ter tirado (ou querer tirar)
esse grande prazer: ENSINAR!

- Sou uma Professora que, tal como milhares neste país, poderia ir
agora para a reforma, mesmo com penalizações, mas VOU RESISTIR, não
vou deixar que me obriguem a abandonar com mágoa, os meus alunos, a
minha Escola!

- Sou uma Professora que confio no bom senso e tenho esperança que
ainda vá a horas de não deixar a degradação atingir, ainda mais as
nossas escolas.

- Srª Ministra oiça gente que sabe, (muita gente) dizer que é um crime
o que se está a passar nas escolas portuguesas. Medina Carreira disse
há poucos dias que se os pais tivessem a verdadeira percepção do que
se está a passar na Escola em Portugal, viriam para a rua. Ele sabe do
que fala.

- Srª Ministra OIÇA os Professores. Eles estão nas Escolas, no
terreno. Mais do que ninguém, eles estão a dizer-lhe que assim NÃO
teremos sucesso educativo. Assim, o sucesso será apenas ESTATÍSTICO e
ECONÓMICO!

OS PROFESSORES (na sua maioria) SÃO SÉRIOS! QUEREM ENSINAR E QUEREM
QUE OS SEUS ALUNOS APRENDAM! CONFIE NELES!OIÇA-NOS SRª MINISTRA!

E para terminar, um poema de Alberto Caeiro que encontrei hoje no blog
Terrear e uma frase de JMA.

Des (aprender)

Procuro despir-me do que aprendi
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu...

Alberto Caeiro

P.S. Peço desculpa a quem me ler, pela agressividade de algumas
expressões, mas tenho de soltar este grito de REVOLTA! Aos puristas
linguísticos, também, mas a intenção não foi fazer prosa. Imaginei a
Srª Ministra à minha frente e pus no papel aquilo que gostaria de lhe
dizer.

Peço desculpa também por não me identificar (por enquanto). Não o
costumo fazer, mas as razões são óbvias!

"A grande e inadiável urgência de desaprender. De ver. Mesmo que isso
nos custe. Porque a alternativa só pode ser a cegueira" JMA in blog
Terrear

 


Novembro 11 2008

    

   O Liceu Nacional Infanta D. Maria (era assim que se chamava no meu tempo) tem sido, ao longo dos anos, a escola pública mais bem classificada no ranking das secundárias do país.

    Isto pressupõe, como a comunicação social tem afirmado, um corpo docente estável, qualificado, dedicado, de alto nível e sem faltas.

   Portanto, um corpo docente candidato a ficar muito bem classificado na avaliação dos professores.

   Esta tarde surge a noticia de que os professores, por unanimidade!!!, tinham decidido suspender o processo de avaliação.

   Assim, cai por terra a ideia sempre subjacente nas palavras da Ministra de que só os maus professores é que estavam contra o modelo de avaliação.

   E se estes professores, em principio os mais bem classificados do país, estão contra é porque o modelo está mal concebido e/ou mal executado.

   E se está mal concebido ou está a ser mal executado, a primeira obrigação de uma ministra responsável (e inteligente) é arrepiar caminho e alterar, ou substituir, o que a prática mostra estar errado.

   Não é possível reformar o ensino contra todos os professores, mesmo os melhores!

   O resto é miopia, intransigência e estupidez autoritária.

   Também com aqueles Secretários de Estado!

   Haja Deus!

     


  


Outubro 31 2008

   

   Francisco José Viegas no "A Origem das Espécies" tem esta ideia brilhantemente irónica mas que encerra um grande perigo:

o inefável e indescritível Valtr Lemos, Secretário de Estado socialista (sim esse vereador da Câmara de Penamacor pelo CDS, que perdeu o mandato por faltas injustificadas!!!) pode julgar que é a sério e pô-la em prática!!!

    

   

31 de Outubro de 2008
||| Chumbos.
     

O Conselho Nacional da Educação vem propor que acabem os chumbos até ao 9.º ano – é uma medida e tanto, que o Sr. Secretário de Estado Valter Lemos festeja com as mãos ambas, uma vez que parece ser ele o encarregado de velar pelas estatísticas. Acho que o Sr. Secretário Lemos está a ser modesto em matéria de “mecanismos de alternativa a chumbos”. Defendo que, na hora do baptismo, perdão, no registo civil, seja atribuído logo o 9.º ano a cada pequeno cidadão. Assim, evitam-se logo os chumbos. Parece, além do mais, que o chumbo é visto como uma tentativa de responsabilizar os alunos e os pais, o que – no entender do Sr. Secretário Lemos e do sempre espantoso Albino Almeida, da confederação dos paizinhos – não pode acontecer. Sim, de facto, onde é que isto se viu? Na Finlândia?

[Da coluna do Correio da Manhã.]


 


 

[ Publicado por FJV ]

 


Outubro 30 2008

   

   Concordo com José Ricardo Costa em Ponteiros Parados

  

CAMARADA LAVOISIER

 
Se quisermos compreender a tragédia do ensino em Portugal, teremos de regredir até ao passado revolucionário, maoista e estalinista da actual ministra da educação.
 
A ilusão comunista que, na companhia do nazismo, conduziu aos maiores pesadelos do século XX, partia do pressuposto de que a realidade poderia ser transformada através de uma planificação laboratorialmente conduzida. A realidade podia ser a fome, a miséria, a repressão, mas o delírio utópico de muitos via nisso uma espécie de dores de crescimento, normais no caminho para o paraíso.

As estatísticas, os números, a propaganda, mostravam a superioridade do modelo, concebido por iluminados que não percebiam nada da realidade mas a quem as verdades eram sobrenaturalmente reveladas. Só que a prática mostrava exactamente o contrário.

A farsa que existe hoje no actual sistema de ensino resulta de uma ideologia e atitude mental muito semelhante. Pessoas que fizeram cursos, depois mestrados, depois doutoramentos, que escreveram livros e vão a colóquios e conferências, consideram que, através de leis e mais leis e mais leis, ou de manipulações burocráticas, a realidade atinge a perfeição desejada. Depois, o desejo de ver uma determinada realidade faz-nos ver essa mesma realidade ainda que para isso se faça muita batota e malabarismos estatísticos.

O Estalinismo é como a natureza. Não ganhou nem perdeu. Apenas se transformou.

   

 

 


Outubro 30 2008

    

Ora tomem, para pensarem durante o fim de semana:

(rapinado, com a devida vénia, do Blasfémias)

 

E como se transforma num problema de injustiça social o falhanço das políticas ditas de apoio aos mais desfavorecidos

Publicado por helenafmatos em 30 Outubro, 2008

     

Lendo este artigo do JN Ranking favorece escolas de alunos de classes privilegiadas fica-se ciente que há que acabar com esta injustiça, esta iníqua diferenciação social.

Aliás o artigo até cita um ”investigador da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e um dos primeiros participantes no programa de avaliação das escolas oficiais”, Para Pedro Oliveira, que defende que “seria interessante se os rankings mostrassem a origem social dos alunos para se perceber o posicionamento das escolas nas listagens”Um outro investigador citado pelo JN, “Ivo Domingues, sociólogo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, põe a tónica do êxito dos colégios privados na continuidade que proporcionam às classes média e alta de manterem os seus privilégios sociais e culturais.” Mais um bocadinho e estamos a defender o fim do ensino privado, essa estratégia das «classes média e alta de manterem os seus privilégios sociais e culturais.»

Provavelmente o ensino privado é isso neste momento. Ou seja qualquer pessoa com dois dedos de informação tem sérias reservas  em deixar os seus filhos frequentarem uma coisa apalhaçada, onde cada vez se ensina menos e pode nem se lhes garantir a segurança. Onde se um menino se quiser levantar, desatar aos pontapés, chamar isto e aquilo aos professores tal não passa duma performance expressiva. E onde cada vez mais a avaliação e a exigência são condicionadas às ficções ministeriais.

Não por acaso os filhos da nossa classe política frequentam sobretudo até ao 9º ano o ensino privado. Em alguns casos até já nem são escolas privadas portuguesas mas sim estrangeiras como é o caso da escola alemã. E muitos mais debandarão do ensino público caso os ditames do conselho nacional de educação sejam seguidos pois poucos estarão para arriscar que os seus filhos sejam cobaias da introdução do «melhor modelo escolar do mundo em Portugal.»

Ao contrário do que diz o artigo do JN não são os filhos dos pobres que fazem baixar o nível do ensino. Quem destruiu o ensino público foram aqueles que resolveram fazer experimentalismo social nas escolas. Como é claro foram os primeiros a tirar de lá os filhos e agora acusam os mesmos pobres de não terem rendimento escolar. Se não tivessem desautorizados os professores e funcionários, se não tivessem baixado o nível de exigência curricular, se tivessem exigido responsabilidade às famílias pelo comportamento dos seus filhos… enfim se se tivessem comportado como uma escola a escola pública teriam certamente ajudado muito mais os pobres.

Curiosamente o artigo do JN refere que só frequenta o  Colégio S. João de Brito «quem pode pagar os 460 euros de mensalidade mensal no Ensino Secundário» lamento informar mas todos pagamos mais ou menos isso por cada aluno que frequenta uma qualquer escola pública. O custo por aluno nas piores escolas do ranking não é certamente muito diferente do apresentado nas mensalidades do citado São João de Brito. Feitas as contas as piores classificadas até saem muito mais caras porque as reprovações agravam os custos.

  

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Outubro 30 2008

 

   Do 31 da armada, com a devida vénia:

 

É fazer as contas

Em 2006, as escolas públicas e privadas apresentavam um indice de 17,5 por cento de resultados positivos nos exames nacionais de Matemática do 12º ano. Em 2007, esses valores atingiram os 65 por cento. Em 2008, o Ministério da Educação anuncia ufano que se chegou aos 96 por cento de resultados acima dos 9,5. É a prova provada de que há melhorias no sistema educativo.

 

Ou então há eleições para o ano, não sei.



 

       

 


Outubro 22 2008

    

   Uma leitora não identificada colocou uma mensagem neste blogue, pedindo-me para ler o

que tinha publicado no www.maepreocupada.blogspot.com.

   Lá chegado, encontrei o texto que, a seguir, publico.

   Não sei o que a leva a escrever anonimamente, mas respeito a sua decisão.

   Por mim, sou um avô preocupado e a foto e o nome que constam no rosto deste blogue são verdadeiros.

   Também é público e notório que milito no PSD, embora, nos últimos anos, com muito pouco entusiasmo.

   Reconheço que o meu partido não está isento de culpas nesta matéria.

   Aliás, o "eduquês" é uma aberração medíocre e muito perigosa e que é transversal a todos os partidos.

   Os resultados, demolidores, estão à vista!

   De qualquer dos modos subscrevo o texto da "mãe preocupada", por isso o publiquei.

   Tanto mais que o "eduquês" nunca chegou tão longe como com esta ministra e o ensino nunca desceu tão baixo. 

     

      

Quarta-feira, 22 de Outubro de 2008

A carta aberta que deveria estar fechada

 
Ela está publicada em dezenas de blogues e também se diz que circula livremente por e-mail neste mundo imprevisto e incontrolável que é a web. Se me perguntarem como, não saberei responder. A carta que escrevi ao José Sócrates (que não lhe enviei e à qual nunca chamei de "carta aberta" mas que foi intitulada como tal) foi um desabafo pessoal partilhado com meia dúzia de pessoas (como, aliás, está explícito num dos últimos parágrafos), não tinha qualquer pretensão literária nem era suposto ser um manifesto político. Mas a verdade é que ela saiu do meu controlo e ganhou vida própria, foi adoptada e subscrita por professores e pais solidários, mas também foi alvo de suspeitas e teorias descabidas.

Serve este blogue, que acabei de criar, para duas coisas que julgo fundamentais neste momento:
1º para agradecer todos os comentários elogiosos e de incentivo que encontrei na internet ao longo das últimas três semanas. Fico feliz por constatar que o país tem muita gente lúcida e que não se contenta com a mediocridade e o facilitismo.
2º para esclarecer e desmentir teorias respeitantes à verdadeira autoria da carta. Apesar de não ter sido eu a criar a assinatura "mãe preocupada", é de facto verdade que o sou. Não sou, como alguém já "postou" num blogue, membro de um gabinete de comunicação da oposição, nem sou, como também já me julgaram, uma "professora frustrada". Aliás, basta ler a carta com atenção para perceber que trabalho na área da comunicação e que, se votei em branco, não serei, certamente, da oposição. Sou uma mãe tão anónima, comum e apartidária como milhares neste Portugal. Mas sou informada. Considero-me esclarecida. E, se pus filhos no mundo, tenho que assumir a minha co-responsabilidade pelo rumo da sociedade e dos seus valores. Mudo fraldas, mas penso. Preparo mochilas, mas reivindico. Aqueço biberões, mas leio. O facto de eu saber de cor alguns versos d' "Os Lusíadas" não faz de mim uma professora de português. E o facto de eu ter convicções não faz de mim uma militante de qualquer partido.

Em relação ao anonimato da carta, também houve quem sugerisse que eu sou cobarde por não a ter assinado. Como já disse, não fui eu quem a colocou na internet. Mas como a minha intenção não era, e continua a não ser, a popularidade, opto por me manter a mesma "mãe preocupada" que alguém me chamou.

E já agora, porque "se não podes vencê-los, junta-te a eles", aqui nasce o meu blogue, onde muitas preocupações de mãe serão partilhadas a partir de agora. Sem politiquices nem aulas de português.

Mas que fique claro que a minha cruzada não é contra o Governo, mas a favor de um país melhor.
 

 


Maio 09 2008

        

   Mais uma excelente crónica de José Ricardo Costa no Jornal Torrejano de ontem.

      

Quando, há tempos, chegou a vez de apresentar Descartes nas minhas aulas de Filosofia, decidi começar por falar de D. Quixote e dos seus famosos moinhos de vento. Eu tinha a noção de o D. Quixote ser aquele livro que, embora quase ninguém tenha lido, toda a gente conhece.

Não foi por acaso que falei nele. Descartes, na brincadeira, claro, parte do princípio de que tudo o que vemos no mundo poderá ser fruto da ilusão, do sonho, da loucura, o que, diga-se de passagem, pode ter vantagens e desvantagens.

Se desanima pensar que a Monica Bellucci pode não passar de um produto da nossa febril imaginação, há também a esperança de o ministro Silva Pereira poder não existir e ser apenas um boneco da Nintendo.

Ora bem, ninguém conhecia o episódio dos moinhos de vento. Fiquei em estado de choque. Ainda tive uma réstea de esperança: Sancho Pança? Sim?...

Não. Sancho Pança era-lhes tão familiar como Witold Lutoslawski e se eu dissesse que os moinhos de vento de La Mancha eram uma versão espanhola da nossa estação do Oriente, projectados por um arquitecto espanhol chamado Santiago Calatrava, ninguém iria reagir.

Há poucos dias, noutra turma, pedi aos alunos que me entregassem uns trabalhos por correio electrónico. Os professores, agora, são obrigados a serem modernos e fica bem no currículo dizer que se usam as novas tecnologias mesmo que os alunos possam não saber ler e escrever.

Na brincadeira, disse que não queria que me enviassem vírus. Um aluno, também na brincadeira, disse que iria mandar um "cavalo de Tróia" (um tipo de vírus). Eu, ainda na brincadeira, disse que não valeria a pena pois não tinha lá em casa nenhuma Helena para resgatar.

A brincadeira acabou ali. O aluno olhou para mim como se estivesse a olhar para um pós-estruturalista e eu, para o salvar, perguntei pela guerra de Tróia. Nicles. Ulisses? Nicles. Aquiles? Nicles. Eu, já desesperado, insisti:

– Mas sabe ao menos que raio de coisa é o cavalo de Tróia?

– Sei.

Animei-me um pouco

– O que é, então? – perguntei.

– Um vírus.

Há quem chame a isto ignorância. A famosa ignorância da juventude actual. Tenho as minhas dúvidas e vou explicar porquê.

Se um português normal não souber o que foi a batalha de Aljubarrota, é ignorante. Todos os portugueses normais estudaram História e, se não sabem isso, não sabem uma coisa que seria suposto saberem. Pronto, é ignorância.

Se um estudante de arquitectura não souber quem é Nadir Afonso, é ignorante. Se um professor de Português, de Filosofia ou de Física não souberem coisas básicas relativas às suas áreas, são ignorantes.

A ignorância mede-se pelo grau de expectativas. Eu não posso considerar ignorante um agricultor que nunca ouviu falar de Descartes. Seria ignorante, sim, se não soubesse qual a melhor altura do ano para semear alfaces. Como seria ignorante um professor de Filosofia que não soubesse falar de Descartes.

O que se passa com os nossos jovens, actualmente, não é um problema de ignorância. É um problema de isolamento. Eles não podem saber aquilo de que nunca ouviram falar. Eles sabem cada vez mais o que nós não sabemos e o que nós sabemos eles sabem cada vez menos.

A culpa não é só deles. É dos pais, porque têm mais que fazer. Mas é também da escola. A escola, por um lado, deixou de valorizar o saber e o conhecimento. É cada vez mais uma escola de Estudo Acompanhado, da Formação Cívica, da Área de Projecto, aberrações pedagógicas que acabam por contaminar as outras disiplinas.

Por outro lado, os professores, numa escola que despreza o saber e o conhecimento, acabam também por desvalorizar o saber e o conhecimento. Eu sou professor de Filosofia e, hoje, não preciso de ler absolutamente nada para o poder ser. Não precisaria de ler mais nada para além da TV Guia, para ser o professor de Filosofia que me pedem para ser.

É assim que as coisas estão e já deu para perceber que é assim que vão continuar a estar. E não é nada fácil lutar contra cavaleiros perigosos que gostam de se disfarçar de românticos moinhos de vento.

josericardoccosta@gmail.com

          

Moinhos de Vento


Dezembro 03 2007

 

        

   Há pouco, na Antena 1, no programa "Os dias do avesso", ouvi uma história de arrepiar que passo a contar.

   Numa escola do ensino secundário no norte do país uma matulona de 15 anos divertia-se, do lado de fora da sala de aula, a distribuir "calduços" (sic) a quem saía até que calhou a vez da própria professora ser brindada com um "calduço ".

   Em gesto instintivo, a professora retribuiu com uma estalada.

   A energúmena, com o civismo e a educação própria da nossa actual sociedade, respondeu com várias estaladas na professora.

   Pensam que a menina "rambo" foi expulsa da escola? Que alguma entidade responsável  penalizou os pais por terem criado um tal monstro? Que os pais foram à escola pedir desculpa pelo comportamento da filha?

   Estão muito enganados e não percebem nada dos novos processos educativos, das relações interpessoais dentro da "comunidade educativa" e de outros conceitos e práticas do eduquês " que destruíram todo o nosso sistema de ensino, afogado na irresponsabilidade total e na cobardia de quase todos os responsáveis pelo Ministério da Educação nos 33 anos da nossa democracia.

   A verdade é que a monstruosa adolescente mais a sua monstruosa mãe, foram à policia fazer queixa da professora!

   E que fez a policia? Internou o monstrinho numa casa de correcção e afagou a mãe com umas bastonadas bem aplicadas?

   Qual quê! Aceitou a queixa, e os agentes presentes devem ter dado graças a Deus, por a "menina" não lhes ter distribuído também uns calduços ".

   Mas o que é verdadeiramente preocupante é que a delinquente e a mãe se fizeram acompanhar por estações de televisão que transmitiram acriticamente os acontecimentos!

   No coments !

   Haja Deus!

    

   PS: o meu amigo Pedro Barroso tem uma canção em que diz que "Deus não existe, mas também não dorme".

   Pois eu penso que Ele anda mesmo a dormir!!!


 


Novembro 05 2007

             

   Já anteriormente chamei a atenção dos meus leitores para a excelência de dois cronistas/comentaristas de um pequeno jornal, semanario, de provincia - o Jornal Torrejano.

   Ambos com formação e mantendo pontos de vista de "esquerda", o que torna a minha opinião insuspeita, são professores em escolas secundárias da cidade (Torres Novas), e, penso que, ambos de Filosofia.

   A semana passada ambos escreveram sobre aspectos actuais do ensino.

   Francamente gostei e, embora não concordando com a totalidade das ideias expessas (e seria mau se tal acontecesse), rapinei e publico de seguida as suas crónicas para proveito, espero eu, dos meus leitores que, na generalidade, não têm acesso àquele jornal.

        

    

Nos anos 80, vinham notícias do Afeganistão que falavam de uns estudantes de teologia que resistiam à ocupação soviética.

Ingenuamente, eu imaginava jovens com o ar angélico do padre Vítor Melícias, que passavam o dia a ler, meditar, enfim, a tratar da horta, e que saíram dos mosteiros para irem combater os materialistas dialécticos de Moscovo.

Porém, ao ver uns sujeitos andrajosos a bombardear as estátuas de Buda, com o mesmo entusiasmo que com que os caçadores, ao domingo, disparam sobre as lebres, comecei a perder as ilusões.

Ora, foi também isto que me aconteceu com os cientistas da educação. Que pensei eu quando comecei a ouvir falar deles? Em pessoas que dedicavam a vida a estudar a melhor maneira de levar as crianças, não só a saírem da escola sabendo muito mais do que quando entraram, mas também com a inteligência mais espicaçada.

Este meu idílio mental foi bom enquanto durou. Até ao dia em que comecei a perceber que trucidavam os alunos com a mesma pontaria com que os estudantes de teologia atiravam aos Budas e os caçadores às lebres.

São, pois, perigosos. Uma mistura de fanáticos com fé no mito do bom selvagem e de caçadores de lebres que esfolam a inteligência dos alunos, cientificamente educados pelos seus mestrados e doutoramentos. Mas o que é, afinal, um cientista da educação?

Alguém que passou anos a estudar para concluir que a educação deve estar centrada no aluno, que o insucesso escolar é sempre o resultado de um fracasso do professor, que este não é o detentor do saber nem está na aula para ensinar. É apenas um amigo que está ali para ajudar o aluno a pesquisar, a investigar, mas também para lhe dar quilos de auto-estima de modo a poder vir a ser um cidadão feliz.

Daí encarar com horror o facto de um menino poder chumbar, ainda que este ligue tanto ao estudo como um leão a uma couve-flor, ou saiba tanto do que lhe tentam ensinar como se tivesse a memória de um doente de Alzheimer.

Aliás, graças a este espírito evangélico, vai ser agora possível a um menino, depois de faltar 103 vezes às aulas durante um ano, porque não lhe apeteceu ir, fazer um exame para ter de passar.

A valorização científica de um professor é irrelevante, considerando-se mesmo reaccionária e conservadora a ideia de a escola ser um local onde os alunos tenham de usar o esforço e aprender com seriedade.

Daí a ideia de transformar a escola num ATL a tempo inteiro. E com disciplinas giras, como Estudo Acompanhado, Área de Projecto, Formação Cívica, as quais, para além de permitirem dar boas notas até a um ouriço-cacheiro, vão ainda contaminar as outras disciplinas, saindo os alunos da escola com o cérebro tão descompensado como o de um madeirense após um discurso de Alberto João Jardim.

Mas atenção. Por detrás de todo o folclore psicopedagógico que empesta o discurso do nosso talibã, esconde-se um burocrata e um frio tecnocrata. Um cientista da educação vê a escola como uma fábrica de automóveis na qual os professores têm de cientificamente aplicar os planos e metodologias inspirados nos seus nauseabundos mestrados e doutoramentos.

Adora ainda ver os professores em reuniões inúteis, a preencher papéis como se fossem funcionários do Registo Predial, ou então, último grito da moda, com os olhos tão especados num portátil como um esfomeado num cozido à portuguesa. Não sei explicar porquê, mas tem um fascínio quase erótico por planificações, matrizes, planos de aula ou grelhas de avaliação que parecem o cockpit de um Airbus.

O nosso talibã desconfia dos professores que lêem livros em vez de estarem a preencher relatórios, em reuniões, a preparar powerpoints para poder comunicar com alunos que se perdem ao fim de três frases, a transportar portáteis para a aula para os alunos pesquisarem informações na Internet que depois irão reproduzir como se tivessem o cérebro de um papagaio, ou a requisitar filmes para fomentar estratégias de ensino-aprendizagem (é assim que se diz) mais ricas e estimulantes.

Estes cientistas, só por si, não seriam de temer. O problema é a sua ligação ao poder político, ou pior, o facto de já serem eles o poder político. Estes talibãs não matam com explosivos. Mas matam. Matam com maçãs lindas e lustrosas com as quais recebem os alunos no início de cada ano lectivo.

Mas que ninguém entre em pânico. Estamos em Portugal e a falar da morte de coisas como saber, cultura, inteligência e boa educação.

Os pais, claro, aplaudem, os alunos rejubilam. Os professores, naturalmente, resignam-se.

jr_costa@clix.pt

     

    

    

   

Cientistas da Educação

Saíram os rankings dos exames nacionais. Este ano a propaganda em relação aos resultados obtidos por algumas, algumas, note-se bem, escolas privadas tem atingido a paranóia. Mas por que motivo certos colégios das grandes cidades obtêm melhores resultados que as escolas públicas? Há vários motivos. Uns são incontroláveis: situação geográfica, situação cultural e social dos pais, por exemplo, contribuem para explicar uma parte da diferença dos resultados.

Há, porém, outros motivos e estes são da responsabilidade do Ministério da Educação. Nesses colégios, o ensino é tradicional, o professor é a autoridade dentro da aula, o aluno e as famílias são responsabilizados pelo aproveitamento. Quem não gostar que se vá embora. Os professores estão concentrados no trabalho de ensinar.

No ensino público, há muito que não é isto o que se passa. Alunos e famílias não têm qualquer responsabilidade no aproveitamento escolar. Imagine o leitor o seguinte: um aluno não quer estudar, não lhe apetece, ou não quer ir às aulas. Acha que ele e a família são responsabilizados? Então, está enganado. Para o governo actual, o único responsável de o aluno não querer estudar ou de não querer pôr os pés na escola é o professor. Só o professor corre o risco de ser avaliado negativamente. Por outro lado, enquanto os professores dos colégios se concentram no acto de ensinar, o professor do ensino público é massacrado com reuniões, projectos, planos, relatórios, actas, grelhas, avaliações de escola e toda uma actividade idiota que o desvia da sua função: ensinar. No ensino público, tudo está feito, no âmbito da lei, para impedir os professores de ensinar.

Quem ler com olhos de ver o Estatuto da Carreira Docente, os documentos para avaliação de professores e o novo Estatuto do Aluno, tudo produções deste governo, descobre facilmente uma coisa: os alunos podem fazer o que lhes apetecer, podem ter o comportamento mais irresponsável que lhes aprouver. Só o professor corre o risco de ser «chumbado».

Nada disto se passa por acaso. Esta política tem duas finalidades: em primeiro lugar, humilhar os professores da escola pública para legitimar a sua proletarização; em segundo lugar, evitar que os alunos do interior e das classes socialmente menos favorecidas das grandes cidades vejam os seus filhos entrar para as grandes universidades. Os bons lugares da sociedade dependem de aprendizagens de alta qualidade. Ora as políticas educativas governamentais apenas tratam de assegurar a protecção àqueles que a situação social e cultural da família já protege.

A política educativa do actual governo é a mais abjecta de que tenho memória: nunca como agora se protegeu tanto os fortes e se prejudicou impiedosamente os fracos. O consulado de Lurdes Rodrigues vai ficar como um dos mais negros da história da educação em Portugal. Mas nada disto revolta os militantes socialistas?

                              


A VER O MUNDO     http://averomundo-jcm.blogspot.com


 

Rankings e outros embustes


Julho 11 2007

             

Do Blogue  A Ver O Mundo , com a devida vénia, rapinei o post  que a seguir se publica:

 

Quarta-feira, 11 de Julho de 2007

Matemática, matemática, para que te quero…

 

Depois de mais de 2 anos de política educativa, depois da maior perseguição política feita aos professores, de que há memória, depois de mirabolantes planos da matemática, eis os resultados: nos exames do 9.º ano, as negativas subiram de 63% para 72,8%. É um aumento exponencial. Isto mostra que o Ministério da Educação não percebe nada do que se passa nas escolas. Não faz a mínima ideia por que razão os resultados são o que são. Não conhece professores, alunos e famílias. Alimenta-se do ódio aos docentes. Sobre a putativa melhoria em Língua Portuguesa, basta olhar para os exames para percebermos a essência da coisa. Medidas: continuar com a política actual. Brilhante.

emgestaocorrente às 22:26

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