Em gestão corrente ...como o País...

Dezembro 23 2008

  

   De Francisco José Viegas no "A origem das espécies":

   

||| Palavrório.
 

   Vejamos. Portugal não é diferente dos outros países em matéria de excesso de palavrório.

   Mas é uma pena que, no meio de tanto discurso, declaração, comissão parlamentar de inquérito, audições e audiências, se percam às vezes coisas que valia a pena reter. António Ribeiro Ferreira fala do assunto na sua crónica de ontem, no CM.

   Por exemplo, o Procurador-Geral da República afirmou no Parlamento que o senhor Governador do Banco de Portugal foi alertado para uma grande fraude internacional que envolvia o BPN.

   Quando? Há quatro anos. Devia o BP estar de sobreaviso? Sim. Esteve? Não.

   O Procurador disse também que não tem meios para investigar crimes de corrupção.

   Ao ouvir isto, os deputados o que fizeram? Peocuparam-se? Não. Mas devem estar a nomear uma comissão de inquérito.

   [Da coluna do Correio da Manhã.]


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Outubro 31 2008

   

   Francisco José Viegas no "A Origem das Espécies" tem esta ideia brilhantemente irónica mas que encerra um grande perigo:

o inefável e indescritível Valtr Lemos, Secretário de Estado socialista (sim esse vereador da Câmara de Penamacor pelo CDS, que perdeu o mandato por faltas injustificadas!!!) pode julgar que é a sério e pô-la em prática!!!

    

   

31 de Outubro de 2008
||| Chumbos.
     

O Conselho Nacional da Educação vem propor que acabem os chumbos até ao 9.º ano – é uma medida e tanto, que o Sr. Secretário de Estado Valter Lemos festeja com as mãos ambas, uma vez que parece ser ele o encarregado de velar pelas estatísticas. Acho que o Sr. Secretário Lemos está a ser modesto em matéria de “mecanismos de alternativa a chumbos”. Defendo que, na hora do baptismo, perdão, no registo civil, seja atribuído logo o 9.º ano a cada pequeno cidadão. Assim, evitam-se logo os chumbos. Parece, além do mais, que o chumbo é visto como uma tentativa de responsabilizar os alunos e os pais, o que – no entender do Sr. Secretário Lemos e do sempre espantoso Albino Almeida, da confederação dos paizinhos – não pode acontecer. Sim, de facto, onde é que isto se viu? Na Finlândia?

[Da coluna do Correio da Manhã.]


 


 

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Agosto 17 2008

   

   De "A Origem das Espécies", de Francisco José Viegas, este post sobre a lusa misturança:

  

 

 

       Elogio da raça impura.

 
    
Se há uma coisa digna no nosso “amor à raça” é misturá-la alegremente e sem grandes debates. Casámos bastante pelo mundo fora desde o século XVI – e a excepção cabe a períodos de decadência fatal em que ficámos reduzidos ao rectângulo europeu ou vivemos isolados dos outros. Os dados do Instituto Nacional de Estatística, por exemplo, dizem que os casamentos com imigrantes duplicaram nos últimos cinco anos, o que deve incomodar os “puristas da raça”. Ora, a “nossa raça” é impura, felizmente – como os nossos apetites e os nossos desejos. Camões, que serviu para ilustrar a ideologia da “raça”, pintou-nos dessa forma: ele sabia que a “nossa raça” era impura, imoral, e muito disponível para o que os especialistas em demografia chamam “cruzamentos”; não – é mesmo misturança.
[Da coluna do Correio da Manhã.]


 

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Julho 21 2008

   

   Francisco José Viegas no "Origem das Espécies" escreveu o post que a seguir se publica.

               

21 de Julho de 2008
||| Política de emergência

  O retrato do primeiro-ministro é o de um gestor em dificuldades, e é pena.

   Enquanto deixa aos outros – medíocres – a tarefa de fazer política, ele anda de malas aos tombos, a fazer negócios aqui e ali, em Angola e na Líbia, onde estão mercados ao nosso alcance.

   A política está pobre e ele aproveita para captar fundos. Longe do PS doméstico, uma espécie de rumor distante e cacofónico, Sócrates distribui elogios a Eduardo dos Santos e a Khadafi, como se isso não tivesse importância.

   Não deve ter, porque daqui a nada vem Hugo Chávez e os dois darão um forte abraço em nome dos negócios e do petróleo.

   Portugal transforma-se num cenário atípico da política de emergência, flutuando e vendendo ao melhor preço.

   Não é isso que ela, a política, tem sido nos últimos tempos?

[Da coluna do Correio da Manhã.]


 

 


Maio 06 2008

         

   Do blogue "A origem das espécies", de Francisco José Viegas, este olhar distante (em termos partidários), mas que permite uma interessante reflexão. 

           

||| Reler.
     
   A entrevista de Pedro Passos Coelho a António Ribeiro Ferreira, no CM de ontem, é um marco na história do PSD e é natural que suscite entusiasmo. Não sei onde andou Passos Coelho até agora mas, se esteve a estudar a lição, foi tempo bem empregue. Reconhece-se a sua filiação ideológica, mas percebe-se que o PSD das suas facções tradicionais não tem ali lugar. Também não se sabe até que ponto os militantes do partido, os que têm direito a voto, estão despertos para esse tipo de discurso e de ideias. É provável que a partir de agora ele venha a ser visto como o candidato com ideias mais modernas e dê voz ao eleitorado flutuante do PSD (a classe média das cidades) mais do que às concelhias – que têm sido um factor de atraso estrutural do partido. Se isso basta para ganhar as directas, não se sabe. Mas depois de ter dito o que disse está aberta a porta para a reforma antecipada dos dinossauros, de Santana a Jardim, passando por Menezes e pelo hemiciclo laranja de hoje.
[Da coluna do Correio da Manhã.]


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