É assim a luz, encantamento e euforia.
Nela estou intenso e exausto, ela me acolhe
entre muros,
dela acolho o tempo, a finíssima alegria
do tempo. É nas suas margens que vive
esse rosto infinito, a altura do anjo
debruçado na solidão,
na branca e azul luz de Évora, no sul,
onde apetece a alegria, uma casa abrigada
da tempestade.
Francisco José Viegas
in "Metade da Vida", 2002