De volta ao "Corte na aldeia", com todo o gosto e a devida vénia:
Era chama de queimar
O que os meus olhos cegou –
Não tinham luz de brilhar,
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino.
Divino, eterno! – e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fatal poder,
Que, um só momento que a vi,
Queimar toda alma senti...
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi. Seus olhos – se eu sei pintar
Almeida Garrett
pindaro
# posted by cortenaaldeia @ 10/29/2008 01:29:00 PM 0 comments