Em gestão corrente ...como o País...

Maio 11 2008

         

   Ontem, o "Geração 60" publicou este post que não resisto a rapinar.

O guardador de sonhos.



   Malograda a fuga para a frente que foi o regresso de Camacho, Luís Filipe Vieira não perdeu tempo enquanto não lançou o mítico Rui Costa como uma oportuna cortina de fumo para tapar o total desnorte em que se encontra o futebol do Benfica. Mas ciente que dimensão da tragédia é bíblica, logo se entreteve a acenar com a ideia de um fundo de 60 milhões para construir mais um «dream team». Só que a massa tende a não aparecer e é preciso manter a malta entretida até ao próximo plebiscito. Vieira regressa ao baú das memórias felizes da nação benfiquista e desenterra desta vez o «special one» Eriksson.
   Que mais glórias benfiquistas se prestarão ao ingrato papel de escudos humanos de um homem que tinha obrigação de perceber que o seu tempo acabou? Já faltou mais para que alguém se lembre de contratar o espírito do Bella Gutman.

     


 

emgestaocorrente às 23:01

Maio 11 2008

 

A pressa 

           

A pressa

com que se despe

             

Nem na alma lhe  apetece

qualquer veste

           

A pressa

com que se despe

      

Até da carne e da pele

se pudesse

         

David Mourão-Ferreira

in "Obra Poética"

            


 

emgestaocorrente às 17:42

Maio 11 2008

     

TARDE

 

 

Teus olhos húmidos eram lagos

em que nosso desejo se mirava.

Tua boca entreaberta era a mensagem

do teu corpo moço que se dava. 

Teu hálito quente

embrulhado de desejo

vinha de não sei lá que profundezas

em que de amor tuas entranhas se abrasavam.

E havia, amor, a envolver-nos,

essa solidão enorme

entre pinheiros, céu e terra quente

da tarde que dorme ... 

João José Cochofel

in "Obra Poética"

     


 

emgestaocorrente às 17:24

Maio 11 2008

 

Através do "Bicho Carpinteiro", conheci o "Corte na aldeia" donde retirei, com a devida vénia, este post.

      

Coisas dignas de castigo

           

 


Nenhum corpo mais lácteo e sem defeito,
mais róseo, escultural, ou feminino,
pode igualar-se o seu branco e divino
imóvel, nu, sobre o comprido leito! -

Nada se lhe iguala! - O ferro do assassino
podia, hoje, matá-la, que o meu peito
seria o esquife embalsamado e fino
daquele corpo sem rival, perfeito.

Por isso é muito altiva e apetecida.
E o gozo sensual de a ver vencida
há-de ser forte, estranho, singular...

Como o das coisas dignas de castigo
- ou qual amante sarcedote antigo,
derrubando uma deusa de um altar.


Gomes Leal
           

emgestaocorrente às 16:17

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