O Correio da Manhã de hoje noticia mais um caso de um professor que, estando em final de vida por dença cancerosa, foi obrigado a voltar ao trabalho quando já não podia falar e viu negada a aposentação até às vésperas da sua morte.
Segundo aquele jornal, Artur, professor de Filosofia de uma escola secundária de Braga, 60 anos de idade e mais de 30 como professor, contraíu um cancro da laringe o que cbrigou a intervenção cirúrgica com ressecção daquele órgão, ficando a falar apenas por um dispositivo electrónico.
A 18/4/06, uma junta "médica", sem convocar o doente, considerou-o apto para a profissão!
O professor pediu a aposentação que lhe foi negada.
Em Setembro, o professor escreveu ao Director da Caixa Geral de Aposentações, que voltou a negar deferimento ao pedido.
Três meses e meio depois, a 9 de Janeiro, o professor morreu.
É o segundo caso relatado pela comunicação social nas últimas semanas.
Em que país vivemos?
Que modelo social de democracia é este?
As pessoas primeiro?
Que governo é este que manda os seus funcionários das juntas (atentos, reverentes e obrigados - senão são demitidos) negar cegamente todas as aposentações?
E a Ordem dos Médicos o que anda a fazer? Os elementos das juntas não são médicos? Não têm obrigações éticas e deontológicas? E a Ordem continua muda e calada?
E o Primeiro Ministro não sabe de nada? Nenhum assessor lhe comunica o s relatos da comunicação social?
Apesar do meu curriculum na luta antifascista (de que muito me orgulho), quase me apetece dizer: volta Salazar, com este socialismo, estás perdoado!