Segundo Maria José Gonçalves, investigadora, Portugal detinha o maior número de mulheres empresárias da União Europeia (a 15), com base no relatório Labour for survey " (Eurostat) de 2002 - o último conhecido.
Aquela investigadora da Universidade Nova de Lisboa, citada pelo Diário de Noticias de 25/01/2007, aponta, no entanto, alguns obstáculos ao empreendedorismo feminino no nosso país: dificuldade de conciliar a vida profissional com a familiar e doméstica, a falta de auto-estima e de confiança, a escolha frequente de negócios ligados aos serviços e a pouca utilização de novas tecnologias, sendo este último aspecto comum aos homens empresários portugueses.
Um outro dado curioso que Maria José Gonçalves refere é que as mulheres portuguesas com curso superior não são mais empreendedoras nem melhor empresárias do que as que possuem níveis de instrução inferiores.
Esta constatação baseou-se num programa iniciado em 2002, com base nos Centros de Emprego, para mulheres com pelo menos o 9º ano de escolaridade, desempregadas e que tinham uma ideia de negócio ou de criar o seu próprio emprego.
Houve 42 propostas de empresas e apenas 1 desistência por doença; as 41 empresas criadas (10 no Norte, 21 no Centro e 10 no Alentejo) estão em actividade e reflectem o papel tradicional das mulheres na sociedade: jardins de infância, apoio a idosos, cabeleireiras, lojas de arte e decoração; no entanto, o Centro houve 5 apostas em empresas de engenharia, novas tecnologias e fiscalização de obras.