De "Corte na aldeia", a vida como ela é:
Pelo mistério
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Arnaldo Jabor
De "Corte na aldeia", a vida como ela é:
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Arnaldo Jabor
Do diariamente indispensável "Corte na aldeia":
Quels doux supplices
Quelles délices,
De brusler dans les flammes
De la beauté des Dammes.
Antoine Boesset
pindaro
# posted by cortenaaldeia @ 1/23/2009
Do indispensável "Corte na aldeia":
Outros dois bons momentos do "Corte na aldeia":
Do diáriamente indispensável "Corte na aldeia", dois grandes momentos:
É melhor não fazermos muitos planos para a vida para não baralharmos os planos que a vida tenha para nós
agostinho da silva
Andamos e não chegamos. O andar é tudo, princípio e fim.
Teixeira de Pascoaes
Do "Corte na aldeia", com a devida vénia:
De volta ao "Corte na aldeia", com todo o gosto e a devida vénia:
Era chama de queimar
De regresso ao "Corte na aldeia", de onde foi rapinado, com a devida vénia, este post.
Tentei fugir da mancha mais escura
que existe no teu corpo, e desisti.
Era pior que a morte o que antevi:
era a dor de ficar sem sepultura.
Bebi entre os teus flancos a loucura
de não poder viver longe de ti:
és a sombra da casa onde nasci,
és a noite que à noite me procura.
Só por dentro de ti há corredores
e em quartos interiores o cheiro a fruta
que veste de frescura a escuridão...
Só por dentro de ti rebentam flores.
Só por dentro de ti a noite escuta
o que me sai, sem voz, do coração.
David Mourão-Ferreira
Rapinado, com a devida vénia, do indispensável "Corte na aldeia"
Rapinado do "Corte na aldeia", blog de visita diária obrigatória, este delicioso texto:
(Séc. XVIII)
Entre as visitas diárias obrigatórias, um destaque muito especial para "Corte na aldeia", donde rapinei este post.
Cada fruta tem o seu segredo
A maneira correcta de comer um figo à mesa
É parti-Io em quatro, pegando no pedúnculo,
E abri-Io para dele fazer uma flor de mel, brilhante, rósea, húmida,
desabrochada em quatro espessas pétalas.
Depois põe-se de lado a casca
Que é como um cálice quadrissépalo,
E colhe-se a flor com os lábios.
Mas a maneira vulgar
É pôr a boca na fenda, e de um sorvo só aspirar toda a carne.
Cada fruta tem o seu segredo.
O figo é uma fruta muito secreta.
Quando se vê como desponta direito, sente-se logo que é simbólico:
Parece masculino.
Mas quando se conhece melhor, pensa-se como os romanos que é
uma fruta feminina.
Os italianos apelidam de figo os órgãos sexuais da fêmea:
A fenda, o yoni,
Magnífica via húmida que conduz ao centro.
Enredada,
Inflectida,
Florescendo toda para dentro com suas fibras matriciais;
Com um orifício apenas.
D.H.Lawrence
(tr. Herberto Helder)
Não é a 1ª vez, nem será a última: mais um post rapinado ao "Corte na aldeia"
Ao contrário do que se pensa, o tempo caminha, mesmo no Alentejo!
E eu que o diga; ainda "ontem" cheguei para 2 semanas de férias e já passou uma!
Rapinado do "Corte na aldeia", este poema de Miguel Torga:
Alentejo
A luz que te ilumina,
Terra da cor dos olhos de quem olha!
A paz que se adivinha
Na tua solidão
Que nenhuma mesquinha
Condição
Pode compreender e povoar!
O mistério da tua imensidão
Onde o tempo caminha
Sem chegar!...
Miguel Torga
Procura a maravilha.
Onde um beijo sabe
a barcos e bruma.
No brilho redondo
e jovem dos joelhos.
Na noite inclinada
de melancolia.
Procura.
Procura a maravilha.
Eugénio de Andrade