Em gestão corrente ...como o País...

Novembro 29 2007

  

      

  

  

 

 

 

 

 

 

 

   Nunca fiz greve em todo o meu percurso profissional como médico.

  Considero que a greve é uma forma de protesto legitima e, evidentemente, legal num estado democrático .

   Sempre considerei que esta forma de protesto dificilmente se compatibiliza com a profissão de médico

   No entanto, este governo:

  • com os seus tiques ditatoriais e autocráticos,
  • com a sua arrogância autista,
  • com o constante e insaciável saque  sobre a bolsa dos contribuintes,
  • com a altiva incompetência do Ministro da Saúde,
  • com os contínuos ataques que faz aos profissionais da saúde (especialmente aos médicos),

  • com o descarado esvaziamento do Serviço Nacional de Saúde,

  • com a febre de encerrar serviços a torto e a direito, sem a correspondente criação de alternativas,                                                                                                                                      

obriga-me a fazer, pela primeira vez, greve amanhã!


 

emgestaocorrente às 22:23

Novembro 29 2007

 

   A Dr.ª Maria Clara Sottomayor, docente de Direito na Universidade Católica Portuguesa (Porto), lançou, na net, a subscrição de uma petição dirigida ao Presidente da República no sentido de serem efectivamente defendidas as crianças em relação aos crimes de pedofilia.

   O texto completo da petição pode ser lido e subscrito em

 http://www.petitiononline.com/criancas/petition.html

   Eu já assinei!



Novembro 29 2007

      

   O "blogue dos marretas" é um dos blogues que visito diariamente .

   Muito cáustico, género canções de escárnio e mal dizer, é raro não justificar a sua visita.

   Hoje publica este post que, infelizmente, não é caricatural!

   Eu sinto o mesmo, especialmente quando vejo o despesismo desmesurado do estado e a maneira como são gastos os meus impostos.

   Para que conste, com a devida vénia.

    

Quinta-feira, Novembro 29, 2007

 

É MESMO UMA AFLIÇÃO

Etiquetas: só coisas que matormentam


emgestaocorrente às 21:27

Novembro 28 2007

     

   Via "Vila Forte", um vídeo que vale a pena ver e ouvir.

 

 

 


Novembro 28 2007

         

   Via "Corta-fitas", um vídeo que mostra  o "Eng.º" Porreiro Pá!  em todo o esplendor da sua má educação e arrogância, mesmo para com os seus comparsas.

   Por estas e por outras é que, pela primeira vez na minha vida profissional, vou fazer greve na próxima 6ª feira!

     

O chá ou a falta dele

 


O primeiro-ministro acha muito mais importante cumprimentar Bernard Kouchner, Javier Solana, Nicolas Sarkozy, Angela Merkel, Gordon Brown, José Manuel Durão Barroso, entre outros, do que o seu "ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros". Kouchner, por acaso MNE francês, reparou e não deixou Luís Amado de mão pendurada. Um Senhor. A Euronews fez esta bela peça, que realmente diz tudo, na sua rubrica No Comment. E não é preciso, pois não?

 


Novembro 28 2007

     

 

Uma simples hera nascida entre blocos de xisto, 

na parede da torre da Portagem (Marvão),

onde o Rei de Portugal mandava cobrar "portagem"

aos judeus fugidos de Espanha,

expulsos pelos Reis Católicos

 

emgestaocorrente às 21:48

Novembro 28 2007

   

Dois amantes felizes fazem um só pão,

uma só gota de lua sobre a erva,

deixam andando duas sombras que se juntam,

deixam um único sol vazio numa cama.

   

De todas as verdades escolheram o dia:

não se atavam com fios, mas com um aroma,

e não despedaçaram a paz nem as palavras.

A alegria é uma torre transparente.

     

O ar, o vinho, vão com os dois amantes,

a noite dá-lhes as suas pétalas felizes,

têm direito aos cravos que apareçam.

   

Dois amantes felizes não têm fim nem morte

nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,

são eternos como é a natureza.

    

Pablo Neruda, in

"Cem sonetos de amor", Ed. D. Quixote

 


emgestaocorrente às 21:25

Novembro 28 2007

             

Só na noite de 1 de Outubro passado é que coloquei um contador de visitas neste blogue.

   Hoje, em menos de 2 meses, o contador marca 5.067 visitas.

   Para um blogue independente, sem rodriguinhos nem atitudes "politicamente correctas", sem acções de marketing (que também as há na blogosfera!), é um número de leitores reconfortante e que dá alento para continuar, mesmo que, por vezes, com sacrifício da família (ai os netos!).

   Obrigado leitores e continuem a visitar-me neste blogue (e já agora percam o acanhamento e façam comentários mesmo que sejam de critica!).

  Até todos os dias!


 

emgestaocorrente às 21:08

Novembro 25 2007

   Após 2 dias de ausência, retomo o blogue com a preguiça própria de um Domingo.

   Uma música e 2 posts rapinados.

   Baixa produtividade, mas uma boa música e 2 bons textos (mesmo que alheios...).

   A propósito: a minha amiga que estava em convalescença já regressou; bemvinda! e este "Voltar" em sua honra.

 

 

 


Novembro 25 2007

         

   Jorge Carreira Maia no seu blogue "A Ver o Mundo"  publica, hoje, um post    que sintetiza muito bem o olhar criticamente desencantado com que muitos portugueses, especialmente os mais jovens de há 32 anos, revêem o antes, o durante e o após 25 de Novembro de 1975.

   Em meia dúzia de linhas descreve o sentimento de uma fatia não negligenciável de portugueses.

25 de Novembro  

Faz hoje 32 anos que acabaram as ilusões revolucionárias. O 25 de Novembro de 1975 orientou “definitivamente” o país para o Ocidente e para a democracia representativa. Para mim, naquela altura, foram dias de desesperança revolucionária. Ainda não tinha vinte anos e julgava, pelos 19 meses de revolução, que tudo era possível e que esse possível era o melhor que poderia acontecer. Não, não era tudo possível. Tão pouco o possível que eu queria era grande coisa, como, pouco depois da ressaca, iria descobrir. Das cinzas da ilusão revolucionária, nasceu uma nova ilusão, a de nos tornarmos europeus e ricos e civilizados. E agora, que ilusão ilumina o caminho dos portugueses?

 

 



Novembro 25 2007

  José António Barreiros publica, hoje, no seu blogue "A  Revolta das Palavras" o post que abaixo transcrevo  e que sintetiza o que também penso sobre aquelas 2 personagens.

   Com a devida vénia:

     

O músculo cardíaco

     

   Uma zanga pessoal entre Vasco Pulido Valente e Miguel Sousa Tavares deu azo a uma crítica sulfúrica feita por aquele ao último livro deste. Um amigo meu que leu o livro diz que há nele mais outras imprecisões históricas, geográficas e de referência do que as que cita a valente crítica, citando-me algumas, desde a descrição de locais, à data em que surgiu uma certa marca de charuto fumado por uma das personagens.
   De tudo isto, retiro uma pergunta: não tivesse havido a zanga, haveria a crítica?
   Ou, talvez numa variante mais geral: quantos livros, imprecisos, mal escritos, insuportáveis de mediocridade, não andam por aí impunes, porque o crítico se não zangou com o autor?
   Ou, agora num diferente e provocador modo de dizer: quanta crítica amável e complacente não coexiste com o inaceitável escrito e o mal amanhado estilo, por não haver zanga mas amizade, ódio mas amor?
   Nos tempos da «Crónica Feminina», revistinha barata para corações pobres mas palpitantes, havia o «consultório sentimental». É isso que dita os tiques de alguma da nossa cultura e do nosso modo de ser crítico. O pensarmos também com o músculo cardíaco.
   No meu caso assumo-o: gosto de ler o Vasco Pulido Valente, apesar de ele me irritar, nunca leio o Miguel Sousa Tavares, precisamente pelo facto de ele me irritar.
   Eu sei que é um sentimento irritante este meu, mas só uma coisa me salva: nunca me zanguei com nenhum dos dois, pois não os conheço pessoalmenté, a um só pela prosa, aos dois pela pose. E chega.


Novembro 22 2007

   

   O Código Deontológico da Ordem dos Médicos proíbe liminarmente todas as formas de aborto (hoje em dia poeticamente designado como interrupção voluntária da gravidez), excepto quando há comprovado perigo de vida para a mãe.

   No entanto, sempre houve médicos que o praticaram, directa ou indirectamente, sem que alguma vez a Ordem tivesse feito fosse o que fosse sob o ponto de vista disciplinar.

   Mais: toda a gente sabe que em muitos hospitais públicos se praticava o aborto, antes da actual legislação, embora de uma maneira encapotada, utilizando outras designações.

   Não há memória  de que qualquer entidade (Administrações, Ministério, Ordem) actuasse, instaurando inquéritos ou processos disciplinares.

   Entretanto ocorreu o referendo e publicou-se a actual legislação (bastante permissiva) e os hospitais e médicos não objectores de consciência iniciaram a prática do aborto às claras, sem o secretismo e a clandestinidade de outros tempos.

   Tudo estava a decorrer calmamente e sem polémicas .

   Mas o Ministro da Saúde, com a sua habitual elegância de elefante em loja de porcelanas, quis abrir uma guerra onde ela não existia e, ameaçador, deu um prazo à Ordem para esta modificar o Código, subordinando-o à lei do aborto.

   Talvez  fizesse sentido se o Bastonário não tivesse vindo a público, imediatamente, declarar que a Ordem iria manter a sua tradicional prática de não accionar disciplinarmente os médicos que praticassem o aborto.

   Assim sendo não se percebe a violência das declarações ministeriais a não ser que se destinem, apenas, a lançar poeira sobre a incompetência e a falta de sensibilidade social que esta equipa ministerial vem demonstrando e que provoca criticas mesmo nas cúpulas de um partido tão domesticado e tão amorfo como o actual PS.

   À hipocrisia da Ordem (que proíbe mas fecha os olhos), contrapõe-se a paquidérmica elegância de um Ministro que inicia uma guerra que ninguém compreende.

   Mas o Ministro não tem mais que fazer?

   

 

 



Novembro 22 2007

  

   O Procurador Geral da República tem demonstrado ser um politico hábil e astuto.

   Sempre que pretende enviar recados ao poder politico, concede uma entrevista em que, como quem não quer a coisa, introduz frases polémicas que sabe merecerem  ampla divulgação, entradas de telejornal e primeiras páginas nos jornais.

   O ruído público é notável!

   Posteriormente , vem dizer, com ar cândido, que não foi bem assim, que os jornalistas distorceram um pouco o sentido das suas declarações; entretanto já obteve o efeito pretendido com pública e generalizada discussão e, normalmente, com o Governo em recuo.

   Na questão agora em debate - se os magistrados devem ser (ou não) considerados como funcionários públicos - utilizou a mesma táctica, com os resultados que estão à vista (até o Presidente da República teve que alinhavar umas desconchavadas declarações!).

   A questão resume-se ao seguinte: o Governo, mais ou menos encapotadamente, quer submeter os magistrados ao estatuto de funcionários públicos.

   Ora a Constituição, como é norma nos estados democráticos, institui o poder judicial como órgão de soberania.

   Assim sendo, os magitrados são titulares de órgãos de soberania, portanto com um estatuto de independência e autonomia face ao poder politico, que é incompatível com qualquer tentativa da sua funcionalização.

   Logo não podem estar sujeitos ao estatuto e à disciplina da função pública, sob pena de perderem a indepêndencia e a autonomia face ao poder politico.

   Seria, de certo modo, semelhante à tentativa de reduzir o Presidente da República a um simples funcionário público.

   Mas a verdade é que foram os próprios magistrados que se puseram a geito para este autoritário governo tentar domar, funcionalizando, as magistraturas.

   Ao colocarem a ideologia esquerdista (que a maioria professa) acima do seu lugar constitucional, constituindo sindicatos e fazendo greves, os magistrados, na prática, consideraram-se simples assalariados, como qualquer outro funcionário subordinado a outro poder.

  Óbviamente, titulares de órgãos de soberania não podem estar sindicalizados e fazer greves!

   É esta duplicidade na postura dos magistrados que encorajou um governo com um  apetite tão autocrático como o de José Sócrates, a tentar , agora, a funcionalização (e, quiçá posteriormente, a domesticação) dos magistrados.

   

 

 



Novembro 20 2007

 


 

emgestaocorrente às 00:04

Novembro 19 2007

emgestaocorrente às 22:03

Novembro 19 2007

    

LVII

  

Quando menos vestida

mais intenso o brilho

das jóias da sedutora.

  

LIX

  

A sedução é uma planta carnívora.

Não há memória de sedutoras vegetarianas.

  

LXI

  

A sedutora pode tornar-se perigosa

quando se deixa seduzir.

  

LXIX

  

Ai da sedução que não é uma arte!

Ai da arte que não é uma sedução!

        

      

David Mourão-Ferreira, in

"Jogo de Espelhos", 2º ed., 2001, Ed. Presença



Novembro 18 2007

   

Amanhã mais um dia de hospital!

Não aparecerá o Leonard a cantar, não haverá nenhum velho violinista,

Haverá, de certo, mulheres bonitas, mas irritadas pelas más condições de trabalho.

O hospital é mais velho e ainda com piores condições que o do vídeo.

(De qualquer dos modos dedico esta música a uma amiga convalescente de uma cirurgia.)

 


    

 

emgestaocorrente às 21:53

Novembro 18 2007

      

   

Uma rua de Alpalhão (Nisa) esta manhã.

Não fora a alarvidade da EDP e da PT, que espalham fios por todo o lado,

visualmente, da maneira  mais feia possível,

cometendo, frequentemente, criminosos atentados ao património,

era uma imagem perfeita.

 


 

emgestaocorrente às 21:44
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Novembro 18 2007

     

XLVI

  

Nem todos os desportos se adequam

ao corpo da sedutora. Dos que possam

fazê-la transpirar, apenas a equitação.

  

XLVIII

 

Mais vale uma sedutora a voar

que duas seduzidas na mão.

  

L

  

Quando casada com tecnocrata

é que por vezes a sedutora,

fora do lar, melhor revela a exuberância

da sedução e os limites da tecnocracia.

  

David Mouão-Ferreira, in

"Jogo de Espelhos", Ed. Presença, 2ª ed., 2001



Novembro 15 2007

   

   Se for a Alcobaça à Mostra Internacional de Licores e Doces Conventuais, não deixe de visitar  o novo Armazém das Artes, Fundação Cultural criada pelo escultor José Aurélio.

   Num espaço lindo, pode ver uma interessante exposição de marionetas e robertos, uma outra sobre a obra gráfica de Costa Pinheiro, centrada nos anos 50 e 60 e, finalmente (e mais importante) uma mostra de aguarelas de Mário Botas precocemente falecido e, para mim, o mais interessante pintor surrealista português.

 

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SPLEEN " - MÁRIO BOTAS
em colaboração com a Fundação Mário Botas

Importante conjunto de 51 obras desta importante figura da cultura da Região Oeste, natural da Nazaré. Pintor que ilustrou de forma magistral os poemas de Beaudelaire com o título "Spleen de Paris". Embora a palavra Spleen não tenha tradução à letra, ela representa, na sua origem latina, os "males do fígado", o que pode ser traduzido por todos os "males do espírito" como a tristeza, a melancolia, a solidão, a nostalgia e todas as formas de depressão conhecidas nos sentimentos humanos.
  
costa_pinheiro.jpg
   
COSTA PINHEIRO - OBRA GRÁFICA - 1953/2007
em colaboração com a Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea
Toda a obra gráfica deste importante pintor português, está aqui reunida numa apresentação inédita. Esta exposição foi organizada pela Casa da Cerca e pelo autor. Será uma honra recebê-la agora nos espaços do Armazém das Artes. Visita guiada com o autor no dia da Inauguração.
 
 
sa_marionetas.jpg

MARIONETAS EM ALCOBAÇA - 1979/2007




espólio da Companhia S.A . Marionetas, Teatro de Bonecos - 10 anos
Uma impressionante mostra de Marionetas que abrangem várias técnicas de manipulação.
Inclui o espólio de Cesário Nunes um importante fantocheiro português, doado a esta Companhia de Teatro e Bonecos de Alcobaça.
Marionetas, workshops, espectáculos e visitas guiadas.

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